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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 8 de outubro de 2023

222 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Foto professor Zuza Bezerra,  filhas e segunda esposa. Postagem dedicada ao Dr. José Luciano  de Brito Gonçalves que o chamava carinhosamente de tio Zuza, como de fato era mesmo.

Retornando de uma viagem ao Icó, o cratense major Eufrásio Alves de Brito, de passagem por Várzea-Alegre, hospedou-se na casa de José Raimundo Duarte, no sítio Sanharol. 
Vendo aquela fartura de filhos - 25 rapazes e moças dos dois casamentos  sugeriu: 
- Nós deveríamos casar um desses seus filhos com  uma das minhas filhas.

Logo saiu uma caravana, em lombo de animais, de Várzea Alegre com destino à Malhada, no Crato, onde  morava o Major Eufrásio.
  
Chegaram no adiantado da noite, as jovens moças já estavam recolhidas aos seus aposentos. Ao amanhecer o dia, fizeram no fim do terreiro um pequeno fogo para esquentar as mãos. 

Quando se abriu uma janela e três jovens senhorinhas apareceram. O caseiro olhou para Vicente Alves Bezerra e disse:  O besta aí não sabe qual é a dele.

O casamento foi celebrado no sitio Malhada, de propriedade do pai da noiva, Major Eufrásio Alves de Brito, oficiado pelo Padre Vicente Ferrer Pontes Pereira, vigário da paróquia de São Raimundo Nonato -  Várzea-Alegre.

Assim se casaram, em 9 de novembro de 1876, Vicente Alves Bezerra com Isabel Pereira de Brito.

São os pais de José “Zuza” Bezerra de Brito, uma das maiores inteligências do Crato e região.



2 comentários:

  1. Cheguei no Crato em Fevereiro de 1969, menino velho com 17 anos. Por recomendação dos meus pais e avós sempre frequentei a casa do professor Zuza Bezerra. mesmo diante de minha pequenez, todas vezes que lá estive fui recebido com lhaneza no trato, respeito, carinho e afeto característica do anfitrião.
    Sempre encontrava suas filhas Bilinha e Estelita na sala, além de Dona Maria Rangel, sua segunda esposa. Se os seus descendentes não se manifestam eu estou aqui para deixar a minha gratidão, o meu respeito e admiração por aquele homem insubstituível até hoje.

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  2. De fato Morais,ainda criança lembro -me do Tio Zuza(assim o chamavamos,lá em casa)quando ele vinha visitar meus pais(Pedro Norões e Violeta Brito),que sempre exigiam de nós,filhos PEDIR a BEN ÇÃO,aquele senhor simpático,conversador e Professor IMPORTANTE respeitado por todos no CARIRI.!

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