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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

432 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Não ria por nada. O homem era sério, sisudo, quase trombudo. Assim era o Mundim da Varjota. Nunca se viu  um riso, um gesto de simpatia, embora fosse educado e muito honesto na sua atividade e seus afazeres.

Certa feita, na locução de Valdefrance Correia anunciava-se no som do "Cine Odeon" o filme "O gordo e o magro".

Então, José Gatinha e Paulo de Dudu vislumbraram a oportunidade de  ver o homem rindo. Com muita luta convenceram o Mundim ver o filme.  Era impossível ver " O gordo e o Magro" e não ri, assim pensavam.

Mundim entrou pela primeira vez numa casa de diversão, sentou-se na filheira da frente, mirou os olhos na tela e cruzou os braços sobre o peito. Os amigos ficaram aguardando uma risada, uma gargalhada talvez. 

Mas que nada, terminado o filme, as luzes se acenderam  e o Mundim lascou : 

" Isso é que é ser dois cabras éguas ".


Um comentário:

  1. Muitas historias de humor e riso, contadas em nome desse ou daquele personagem fazem parte do folclore e da verse de um povo e deve ser respeitado a memória.

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