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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

454 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por António Morais

A primeira vaquejada de Várzea-Alegre, foi em 1966. Promovida pelos senhores Eliseu Sátiro e Dr. Luiz Luciano.

O parque foi montado  na saída da cidade entre as vias que servem de acesso por um lado ao Sanharol e pelo outro ao Roçado Dentro. Uma faixa de terra pertencente, à época, ao senhor Mundoca Jucá.

Foi um sucesso. Ali se conheceu  uma  vaca da raça  nelore chamada "Tamarina", pertencente ao pecuarista Laércio de Freitas, que nunca alguém conseguiu derrubar.

Naquela vaquejada Zuza Benício  montava  um cavalo do senhor Eliseu Sátiro conhecido por "Pombo Roxo". Um animal muito bonito e famoso, porém, sem nenhum traquejo para o exercício da vaquejada.

Numa disputa, Pombo Roxo tropeçou  no boi  e caiu por cima do vaqueiro Zuza Benício que foi parar no hospital, tirando  muito do  brilho do evento.

Os cavalos campeões pertenciam ao senhor Chiquinho de Sales,  do distrito de  Arrojado em Lavras da Mangabeira, montados pelo Manuelzinho aboiador e Raimundo Mossoró.

Na disputa final com apostas de grandes valores "Tamarina" fez finca pé, parou e arrancou  de vez, deixando para trás os vaqueiros.

Ganhou as apostas quem acreditou em "Tamarina", uma vaquinha pequena mas, treinada e ensinada para deixar na poeira os cavalos daquela época, que não tinham as habilidades dos de hoje em dia.

Nas minhas idas e vindas ao sitio "Unha de Gato", quando a mim pertencia, sempre que passava  no  sitio Capão parava  para  levar um lero agradável  com o amigo Zuza Benicio, foto acima.

Um comentário:

  1. O histórico da vaca Tamarina era admirável. Pertencia ao pecuarista Teobaldo da cidade de Farias Brito que ofertou ao agro-pecuarista de Várzea-Alegre Laércio Freitas, esse por sua vez presenteou o comerciante João Bitu Costa varzealegrense. Tamarina era treinada, nunca caiu em vaquejada alguma. Na cidade de Jaguaribe, um fazendeiro fez uma aposta vultosa e perdeu. Inconformado atirou na cabeça da vaca e matou.
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