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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

476 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais


Fuxico no mundo começou com Adão e Eva. Talvez no Sanharol tenha iniciado um pouco depois. No inicio do século 19 houve uma festa no Sitio Canto de propriedade de José Alexandre Bezerra de Meneses, que era neto e genro de José Raimundo do Sanharol, casado portanto com Antônia de Morais Rego, sua tia legitima.

José Raimundo do Sanharol tinha duas filhas chamadas Barbara, a do primeiro casamento Barbara Alves de Morais, casada com o Tenente Antônio Gonçalves de Oliveira, e a do segundo casamento Barbara de Morais Rego casada com Pedro de Souza Rego dos Inhamuns.

Durante a festa a Barbara de Morais Rego foi vista conversando com uma pessoa que não era bem da simpatia do José Raimundo. De madrugada mesmo alguém já foi avisar ao velho sobre o conveceiro.

Na hora da ordenha no curral, José Raimundo perguntou ao Tenente Antônio Gonçalves, que era sobrinho e genro: Antônio, você viu Barbara conversando com fulano de tal? O tenente era um homem prudente, cordato e conhecia bem as reações do tio e sogro, simplesmente respondeu: não, não vi. José Raimundo disse então: Você não viu porque estava com os olhos no cu, porque todo mundo viu.

Esse foi o motivo para o Tenente se mudar do Sanharol para o local hoje denominado Alto do Tenente, um bairro da cidade e nunca mais pôs os pés no Sanharol.



2 comentários:

  1. Quero apenas lembrar que Pedro Tenente foi o primeiro escritor da Várzea Alegre. seria bom falar sobre este livro, quanto a Frazo do garrote, Zélim dizia que o maior desgosto dele era que Frazo nunca deixou ele dar uma novidade a João do Sapo, mesmo morando mais perto.

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  2. Quem pensar que fuxico no Sanharol começou com Frazo do Garrote está enganado, já existia antes.

    Frazo apenas disseminou e dinamizou com a sua capacidade difusora de comunicação.

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