Raimundo Lucas Bidinho , "Bidim", o grande poeta, de Várzea-Alegre, nasceu e se criou no Chico, localidade rural do município. Nos tempos de juventude amargou uma paixão condenada por uma prima conhecida por Maria.
Um dia, num terço em ação de graças pelo bom inverno, a sala empilhada de gente, Maria fez um movimento brusco, e, soltou um peido.
O poema a seguir, feito pelo Bidim, no momento do acidente, comprova o velho e conhecido ditado : Quando se quer bem, o sovaco não fede, não tem mal hálito nem se sente a inhaca do chulé.
Veja como Bidim declarou seu amor por Maria :
Eu estava ajoelhado,
Quando uma pobre moça.
Peidou com tanta força,
Que fiquei admirado.
O peido foi tão danado,
Que o vestido encheu.
De vergonha ela correu,
A pobrezinha tremendo.
Eu fiquei de cá dizendo,
Foi grande, mas não fedeu.
Bidim era um homem de inteligência rara. Como todo poeta tinha um pouco de humor em tudo que fazia.
ResponderExcluirInteressante de Bidim também é sua poesia de "pé quebrado". Uma maneira de poema que ele criou, onde o último verso da estrofe anterior rima com o primeiro verso da estrofe seguinte.
ResponderExcluirRaimundo Lucas Bidinho é um daqueles varzealegrenses de valor e esquecido. Viveu numa época de muito preconceito dos poderosos contra quem se dedicava na defesa das classes menos favorecidas. O sindicato criado por ele hoje dá vida boa para oportunistas que levam vantagens no puder publico e não sabem que o fazendeiro não arrendava meia tarefa de terra para Bidin plantar um lastro de feijão porque ele fazia parte dos movimentos de classe trabalhadora rural.
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