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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

430 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Esta história resgata  algumas personalidades prestimosas de nossa terra. Ladislau Camilo, residente  no sitio Vacaria, homem bom, conhecido de todos foi fazer uma consulta  com o médico Dr. José Iram Costa.

Aparentemente problemas de rins, bexiga e dificuldade de urinar. O médico achou prudente fazer uns exames de urina e recomendou Ladislau colher o material e procurar o Laboratório João Ednólio que dava expediente nas quarta-feiras em Várzea-Alegre.

No quebrar da barra do dia marcado, Ladislau encheu um litro do material e foi pegar o cavalo para fazer o percurso de 20 km do sitio para cidade.

O cavalo tinha saído da roça o que atrasou a viagem, e, quando Ladislau chegou na cidade o laboratório estava fechado.  

Ladislau pediu a um dos "Cunés" para guardar a garrafa com a urina enquanto o laboratório abria. 

A garrafa foi posta em cima do balcão junta e misturada às da aguardente.  O Cuné saiu para o almoço e deixou no local uma atendente. Nisso se achega do local José Terto e pede uma bicada. A atendente coloca dois dedos do material num copo e o Zé engole de uma vez.

Quando perguntou o preço a bodegueira respondeu - um real. José Terto entregou uma cédula de dois reais. A moça disse que não tinha troco e perguntou se o Zé aceitava outra bicada no lugar do troco.

Então,  José Terto,  ainda sentindo o sabor da primeira dose, respondeu solícito: não, me dê o troco de merda.

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