Glorinha a quinta em pé da esquerda para direita.
Na década de 60 do século passado só existia a agência do Banco do Brasil de Crato no Cariri. O fiscal corria a região levantando os dados cadastrais que depois de aprovados o agricultor era informado do deferimento e liberação de um limite de crédito a seu dispor.
Dois velhinhos de Várzea-Alegre vieram buscar as suas parcelas. Com a bufunfa no bolso encheram a pança de cerveja no Bar do Almir Carvalho e decidiram ir a uma zona. Indicaram-lhes o tradicional Cabaré da Glorinha.
A Cafetina olhou bem para os dois e recomendou para sua gerente: Vá aos dois primeiros quartos e coloque uma boneca inflável em cada cama. Esses dois estão tão velhos e bêbados que não vão notar a diferença. Não vou perder a chance de faturar uma grana a mais. A gerente cumpriu as ordens e os dois foram para os seus respectivos quartos "fazerem seus deveres de casa".
Já no trajeto de volta para "Rajalegue", próximo de Farias Brito, um dos velhinhos falou para o outro: "Compadre João, eu acho que a muier que ficou cum eu tava morta"!
Morta? Porque você acha isso? Diz o Januário. É que ela não se bulia e não falava nada enquanto fazia bangalafumenga com eu.
Podia ter sido pior, diz Januário. Eu acho que a minha era uma bruxa! Uma bruxa? Por que cargas d'água compadre acha isso?
Bem, quando eu estava nos aprontamentos, dei uma mordida na bunda dela. Aí, ela peidou no meu rosto, saiu voando por uma janela que estava aberta, e, por cima, levou a minha dentadura!
Uma resenha dessas só mesmo no Crato.
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