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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 13 de maio de 2019

490 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Tropeirismo, a saga  de Antônio Gonçalo de Sousa - Por Antônio Morais.

A mais completa obra literária que conheço sobre o tema "tropeirismo" foi escrita pelo jovem escritor, memorialista e historiador de Várzea-Alegre Antônio Gonçalo de Sousa. 

Obra de leitura prazerosa e aprazível, amparada no conhecimento de dois grandes executores da atividade, o pai Mundim e o avô Antônio de Gonçalo.

Antônio de Gonçalo era um homem grande e um grande homem. Um homem grande no tamanho, no físico avantajado e, um grande homem nas virtudes, nas atitudes. 

Certa feita,  de passagem pela cidade de Campos Sales, levou uma chuva e molhou as vestes. Onde se arranchou as colocou para secar num varal.

Um dos filhos do casal, de passagem pelo Crato viu no "Parque Municipal" um elefante e chegou contando a novidade, admirando-se do tamanho do animal.  

Um dos irmãos observando o tamanho da cueca de seu Antônio estendida mostrou para outro dizendo: José, olha aí a cueca do elefante que você viu no Crato. Antônio de Gonçalo que observava de longe sem ser visto, contou a proza para o meu pai.

Seu Antônio era um homem sábio, inteligente, levava de Várzea-Alegre produtos de couro : Arreios, selas, coranas para vender em Campos Sales, e, de volta trazia goma, farinha e outros produtos de difícil aquisição em Várzea-Alegre.

As famílias de Antônio de Gonçalo e José André do Sanharol eram muito amigos qualidades que passaram de pai para filhos.


4 comentários:

  1. Eu tenho muita saudade dos fins de tarde quando Antonio de Gonçalo e meu pai se sentavam o banco de pau d'arco herdado do velho José Raimundo do Sanharol, e haja proza, arezia, e leros.

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  2. Morais, o seu artigo está ótimo. Dei muita risada agora, mas eu ria também em certas ocasiões quando escrevi o livro. Confesso que também cheguei a chorar.
    Ainda sou grato pela participação de vária pessoas no nosso trabalho, especialmente você, que me enviou vários causos e estórias sobre meu avô.
    Mas esse do "cuecão de elefante" não registramos. Kkkkkkkkkk

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  3. Antonio - Ficou para a próxima edição. Essa foto me lembra o teu pai Mundim passando com o comboio de burros carregado de algodão em frente a casa do Sanharol. Quando ele dava o estalo com o "reio" eu ficava com dó dos burros. Não imaginava que o estalo era no ar, passava longe de alcançar a pele do animal. Era apenas um tipo de conduzi pelo medo.

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  4. Que beleza. Eu também tenho muitas lembranças daqueles bravos guerreiros, meus pais, avós, os vizinhos do Sanharol e de toda a Várzea Alegre.

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