Após ler “Histórias, Causos e Proezas” do conterrâneo e amigo Antônio Alves de Morais, um livro de memória, devo admitir que o autor conseguiu imortalizar personagens que corriam risco de esquecimento.
O escritor não mediu esforços em colocar no mesmo plano pessoas simples, importantes, incultas e letradas. Autoridades e anônimos trilharam os mesmos caminhos.
Sabendo-se que a história – a mais exata das ciências – só sobrevive com atos e ações determinadas, na obra de Morais vislumbramos um grande feito. O foco geográfico, histórico e antropológico misturado com a verve humorística deram um zelo especial à sua narrativa.
A história do chapeado “Noventa”, pessoa simples e proba, junta-se à grandeza de Vieirinha e padre Vieira, ao dinamismo de Dom Quintino, à autoridade de Fideralina de Lavras da Mangabeira, às histórias dos vaqueiros nordestinos e às jocosidades do Sanharol, em Várzea Alegre, sua terra natal.
O autor cabra da peste, com a sua leveza de narrar fatos corriqueiros e perpetuar personalidades políticas, eclesiásticas e científicas, além de avivar os contos de tradição oral, construiu um compêndio que já é tido como o marco de uma época.
Sem querer tirar o brilho do livro de forma antecipada, cito o Currículo de Mundola (57), Caboré (64), Sócia (91), Tricas Futricas (114) e o Coronel Decidiu (162) para vocês se matarem de rir.
Agradeço a generosidade do Dr. José Sávio Pinheiro. Especialmente quando reconhece que o nosso livrinho colocar no mesmo plano pessoas simples, importantes, incultas e letradas, autoridades e anônimos : trilharam os mesmos caminhos. Eu costumo dizer que quando uma pessoa se achar muito importante faça uma visita ao cemitério, veja pessoas que foram muito mais importante e o mundo continuou com a ausência delas.
ResponderExcluirAo Dr. Sávio Pinheiro o meu sincero abraço.
Convém lembrar que o Dr. José Sávio Pinheiro fez a leitura completa do livrinho. Tanto é que ele indica as paginas dos causos mais interessantes, mais engraçados,que fazem ri.
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