Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A mijada de rei - Por Dr. Jose Savio Pinheiro

Eu também conheci o comerciante Raimundo Sabino e alguns de seus filhos nas minhas passagens pelo Sanharol, quando ia passar finais de semana no sítio Boa Vista, na casa do senhor Chicô de Zequinha, pai de Jesus, meu irmão de criação e de coração.
Em Setembro de 1974, dois de seus filhos, O Nicolau Sabino e o Sabino, estavam no posto de gasolina do Sr. Jomar Almeida, na "Rural" de Ildefonso, quando estaciona um magnífico carrão de cor branca - Um Dodge Dart SE - igual ao de Jocel Batista - corretor de algodão e pai do Dr. Rolim, cujo motorista o indaga: - Por favor, como eu pego a estrada para Iguatu?
- De posse da informação o carro segue o seu destino. Todavia, o esperto Nicolau reconheceu, no interior do carro, o cantor Roberto Carlos, o qual vinha de uma apresentação no Cariri para a cidade de Iguatu, onde daria um show na quadra Agenor Araújo. Imediatamente, o astuto fã, que já estava indo assistir a esse show, entra na pomposa Rural e segue o famoso ídolo.
Para surpresa geral, ao passar a ponte do Riacho do Machado e se aproximar da curva das Gamelas, um fato inusitado: O carro do Rei estava parado na estrada, enquanto o mega-star da Jovem Guarda, de pé, junto ao pneu traseiro do automóvel, se aliviava, fitando aquele céu estrelado, esvaziando a sua bexiga, num ato fisiológico que persegue, até mesmo, as grandes personalidades.
Daí, o Nicolau Sabino ter entrado para a história, por ter sido o primeiro e único Varzealegrense que, realmente, presenciou uma mijada de rei.
Dr. Jose Sávio Pinheiro
Comentario do Blog: Eu vou mais longe, estou em 1965, na festa de São Raimundo. A Roda Gigante armada em frente a casa de Ze Piau, a musica anunciada de um alguem para outro alguem que muito ama. Muitos não haviam nascidos. Mas, o Nicolau e eu já viviamos aquela epoca de muita roedeira e pouco namoro. O Nicolau deve ter se tornado fã do Roberto Carlos naqueles tempos.


7 comentários:

  1. Nos oito dias da festa, das sete da noite as 10 horas só se ouvia o Roberto cantar esta linda e memoravel canção.

    ResponderExcluir
  2. Quem morou em São Paulo lembra muito bem do Viola d eOuro , no Bairro do Ipiranga.todos o sábados vinha uma turma boa de sap bernardo para lá. sempre tinha bons shows. Certa vez nicolau e Chirica levaram umas composições prontas para entregarem nas mãos d eFernando mendes, que estava no auge. Se dirigiram ao camarim, mas foram barrados pelos famosos leões de chácara. Quando no outro dia na pensão d eElvira Gibão, quiseram saber sobre a rececptividade, nicolau disse: Qui,Qui, qui aquele nego é muito é orgulhoso.

    ResponderExcluir
  3. já para o Rei, eles enviavam via Correios e ficavam aguardando com ansiedade olançamento no final do ano. Quando o Lp saía, Chirica comentava com Nicolau: tá vendo Nicolau, ele não pôs nosso nome nas músicas, mas modificou a letra.
    (artista sofre)

    ResponderExcluir
  4. Esse negocio de celebridade da midia, principalmente da televisão idiotiza o cidadão. Hoje fui caminhar um pouco pelas calçadas da Rua Teodoro Sampaio no bairro de Pinheiros aqui em São Paulo. Estava distraidamente andando, porém sem se distrair das vitrines e de algum malamanhado, o que é inevitével, pelas ruas paulistanas. Quando inopinadamente dei um encontrão com, nada mais nada menos, que O todo podereso ator global, Marcos Caruzo. Confesso que senti o impacto de estar diante de uma celebridade televisiva, mas logo me recompus: Ele estava apenas tentando ser um de nós, o que infelismente é impossível.
    Francisco Gonçalves de Oliveira

    ResponderExcluir
  5. Francisco, em 1971 caminhando com minha irmã na Rua Augusta, dei de cara com M. Franco. Fiquei toda abobalhada. rsrs
    Hoje Moacir F. já parou de beber as pinguinhas dele, tem uma linda família de filhos pequenos e um adolescente e mora aqui nas imediações. J. Rodrigues também.
    Me falaram que Jair adora ir ao mercado central da cidade, fica proseando por lá com a turma toda! Parece que é chegado numa "branquinha".
    Pois venha passear aqui no bairro que você vai cair durinho de tantos globais e alguns ídolos de tempos atrás, amigos do Rei, etc. etc.

    Sávio, sabe quem encontramos num restaurante domingo passado? O "Iluminado", pense naquele sorriso alegre que só ele possui.

    ResponderExcluir
  6. Morais,

    O Nicolau Sabino já nasceu ídolo. Cara de artista. Roupa de estrela. Mente de celebridade.


    Giovani,

    Veja o seu exemplo. Não foi um famoso por falta de oportunidade, mas bem que tentou!

    Francisco Oliveira,

    A nossa realidade é outra, completamente diferente. Acho que todos nós precisamos de ícones para podermos sobreviver. O Brasil precisa. O Ceará precisa. Várzea Alegre precisa. Sofri com a morte do Airton Sena e do Patativa do Assaré. Agora, só nos resta o Nicolau Sabino.

    Glória,

    Ainda bem que você tem o seu ídolo-ícone no próprio bairro. Então, é correr pro abraço!


    Saudações a todos.

    ResponderExcluir
  7. Eu tinha uma Banca de Jornais e revistas aqui pelos lados do Morumbi, exatamente em Vila Sônia. Um freguês meu amigo, através do meu parceiro no livro,"Gotas de Orvalho," dizia ter inveja de mim por que eu poderia andar em qualquer lugar que ninguem me conhecia. Então fiz um teste com ele para saber se isso era verdade, e todos que chegavam a minha Banca eu perguntava:
    -Você sabe quem é esse moço aí? É a resposta era sempre a mesma:
    -Não.
    Sabe quem era o cantor?
    Cyro Mendes de Aguiar.
    Do you like samba i love you.

    ResponderExcluir