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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 22 de março de 2013

Porque Sitio Garrote - Por Antonio Morais

Quem é do Sanharol já ouviu falar no Sitio Garrote. Dizia o meu pai que a festa de Nossa Senhora da Paz do sitio Garrote era festejada igual a de São Raimundo Nonato na sede urbana do municipio. O sitio pertencia a Pedro Alves de Morais, Pedrinho do Sanharol, meu bisavô. Moravam no local Mariana de Morais Rego irmã e sogra do Pedrinho e mais algumas famílias agregadas. No lugar só existem hoje os pés de cajarana e alguns resquicios de torrões, cacos de telhas e nada mais.

Um dos filhos de papai Raimundo, que não vou revelar o nome, para evitar pendengas, teve um chamego com uma filha de um morador. Entre as promessas de conquistas estava um presente de um garrote. Quando a chama do romance se apagou, pouca gente havia tomado conhecimento do caso.

O cidadão tinha em sua residência, pendurado na alpendrada da casa, uma cabaça cortada um pouco acima do meio. Utensílio que há época se denominava cumbuca. Guardava, na mesma, objetos como ferramentas, grampos de cerca, pregos etc.

Um dia a esposa foi procurar um prego para colocar um santo na parede e deu conta de um bilhete dizendo: Me pague o garrote que você me prometeu! Quando o velho sentou na mesa para almoçar, a esposa falou: Porque você não paga o que está devendo? Ele respondeu: E eu devo nada a ninguém? Deve sim, pague o garrote que você prometeu a fulaninha! Acrescentou a mulher muito aborrecida.

O velho, mais ajuizado e cordato perguntou: e como foi que você soube desta historia? Ela em cima da bucha respondeu!Vi um bilhete junto com suas coisas! E o velho encerra o conversa dizendo: E o que você queria mexendo na minha cumbuca? A historia se espalhou e o nome pegou. Ainda hoje o local, embora desabitado, é conhecido por Garrote.

5 comentários:

  1. Da origem do nome acredito que poucos saibam a historia. Mas, da existencia de um cajueiro cujos frutos eram tão rançosos que quem chupasse, pelo menos um, vomitava, no ato, essa turma nova se lembra. E os pés de cajaranas ainda estão como prova e botando muitos frutos.

    Velhas e antigas historias.

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  2. Morais, você parece conhecer, não diria todos, a origem dos municípios de Várzea Alegre. Alguns com nomes de famílias, Como lagoa dos Nunes e a Boa Sorte onde se origina parte de minha família. E Marí dos Carlos pertencente à José Carlos de Oliveira meu avô. Agora será que o amigo poderia me dizer como se originou o nome Queixadas? Lembrando que lá é a terra dos poetas: José clementino e Lourival clementino, entre muitos outros, dos quais não me recordo os nomes no momento. O queixada é uma região de terras de vazantes e seus sitiantes colhem duas safras por ano.

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  3. Francisco.

    Não tenho conhecimento da origem do nome para localidade Queixada. Eu imaginava que o Ze Clementino era do Canindezinho. O Mundim do Vale talvez saiba a resposta para o seu questionamento. Se tiver esta informação lhe direi.
    Um Abraço.quilasib

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  4. Francisco. José Clementino nasceu no sítio Juazeirinho que pertence ao distrito de Canindezinho. O sítio Queixadas fica bem próximo, não sei se pertence ao mesmo distrito. Do Queixadas era Raimundo Leandro que foi casado com uma irmã de lourival Clementino,era também o pai de Moacir que foi meirinho-mor da nossa comarca.
    A orígem do nome eu não sei informar, mas que é terra de poetas isso é verdade eu conheço alguns.
    Abraço.
    Mundim do Vale.

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  5. A propriedade do meu pai é conhecida por Simão e também nunca descobri a origem, nem Seu Chico André sabia dizer. lamentável.

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