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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 7 de março de 2010

O que vale é a intenção - Por Giovani Costa

Cotinha de Raimundo Bitu, um certo dia, a tarde, como era de costume, pegou o terço e foi rezar no alpendre da casa. Ia no meio da reza, quando as galinhas começaram a aparecer e encher o saco de Cota. Sabe galinha como é, né? Começa naquele cocoricó, de vez em quando uma solta uma tulibada fedorenta e é preciso agir. Quando ela ia no meio do Pai-Nosso, uma galinha cagou quase nos pés dela e Cota disse assim: Pai-Nosso, que estás no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós....
VÃO CAGAR NO MATO, BANDO DE QUENGAS!
Nesta hora, Ieda, perguntou:
Mamãe, e essa reza desse jeito voga?
Voga, minha filha, o que vale é a intenção!

Giovani Costa

11 comentários:

  1. Giovani Costa,

    Você nos traz alguns causos e reliquias de Padim e Cotinha. Eles eram assim mesmo, bons, amigos, tudo que faziam era com uma boa intenção. A reza de Cotinha, se é que houve esse adendo, era uma reza pura e bem intencionada, como tudo que fazia.

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  2. Eu tenho repetido muitas vezes essa frase: “Cotinha a viga mestre de nossa família”. Exemplo de honestidade, de boa mãe, de boa filha, de boa amiga, de inteligência, mas Deus a chamou e hoje sentimos muito a sua falta.
    Ao lado do seu marido Raimundo Bitu formaram um paredão de amigos. É muito difícil falar daqueles que foram realmente a mola propulsora, o equilíbrio de nossa educação. Muito obrigado Geovani por lembrar sempre deles. Meus pais tinham um carinho e uma admiração por todos vocês em especial ao Manoel Leandro autores na criação da carroça que vendia até querosene em pó e tinha uma seta que indicava os lugares onde não deveria passar, pois naquela local o povo comprava, mas não pagava.

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  3. essa história é boa demais morais, mas essa do querosene em pó que joão falou é demais rsrsrss

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  4. Prezado Amigo João Bitu.

    Como os chumbos de uma espingarda soca soca, nós fomos espalhados pelo destino em diversas direções. Mas Raimundo Bitu e Cotinha, Ze André e Tonha nos ensinaram que a historia sempre vence a geografia. Que as saudades e lembranças conservam nossa alma ligada as nossas raizes, ao nosso Sanharol. Por essa razão amigo, nada melhor do que falar e escrever sobre esses personagens que nos deram tudo: até a vida.

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  5. Israel.

    Essa do querosene em pó eu quero saber. João Bitu deve remeter um texto explicado para que postemos.
    Abraços.

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  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Boa demais a histótia de Cotinha...
    Por falar em galinha...
    Quando estava de férias em Várzea Alegre, Tia Creuza mandava sempre pegar o meu filho mais novo, Bruce, para passar uns dias na casa dela. Ele tinha uns dois anos e num desses passeios pelo Roçado de Dentro, tia Creuza, deu por ele no armazém ao lado de 8 pintos mortos... E ela doidinha disse: mas Brucinho meu filho, porque você fez isso????? E ele com toda a inocência disse: Ah! Tia Crueza, eu mandava eles calar a boca e eles não calavam... Era só piu, piu ..... Aí apertei o pescoço deles para eles calarem ...
    É de vera Morais... Nossas raízes e nossa história são o nosso bem maior...

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  7. A carroça arquitetada por padim e Manel leandro é engraçada demais, tinha um computador a bordo que dava os comandos, além dos lugares que tinha veacos, ela indicava também um certo lugar que tinha muitos veados e por isso a carroça não iria lá.

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  8. Por falar no querosene da carroça, uma vez eu assisti uma entrevista com Plínio marcos onde ele dizia; se eu fosse um vendedor, eu vendia até peido em lata.

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  9. Como sempre as postagens de Cotinha e Padin são record de comentários. É mesmo que eu está vendo Cotinha sentada numa cadeira daquelas de ferro enrroladas com citilho no alpendre resando e a galinha vindo e tirando um fino no dedão do pé! Tá pedindo pra morrer e ser devorada no almoço de domingo né não João?

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  10. A irreverência de dona Cotinha não tinha limites. A Iêda, sua filha, me conta com frequência as suas peripécias. Boas lembranças das histórias de minha parenta, como ela gostava de falar.

    Um abraço Giovani.

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  11. Pois é, Dr. Sávio, esta também quem me contou foi Ieda, recentemente. Vamos atrás de mais, eu sei de algumas falta só tirar algumas dúvias.
    Prá você também um abraço!

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