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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 18 de junho de 2010

O divorcio politico de Tasso com os Ferreira Gomes.


Com o título “O Divórcio político de Tasso com os Ferreira’s Gomes”, eis análise de Ruy Câmara, ex-vice-presidente estadual do DEM, sobre o atual cenário político do Estado. Confira:
A união é um vínculo frágil demais porque reproduz e amplia conflitos e defeitos até o esgotamento da confiança, e o divórcio aparece como solução porque é um modo de decantar as impurezas de uma relação desgastada. Ora, até mesmo os românticos sabem que o amor só pode existir plenamente numa relação de sujeição. Se não houver sujeição de uma das partes, o amor e os afetos não resistem ao primeiro duelo de temperamentos e se transformam em ódio. Por isso, em toda relação humana, o amor e ódio estão sempre presentes, andando emparelhados e de mãos dadas, porém separados por fronteiras muito contíguas. É assim na vida e em todas as instâncias da vida, onde as forças que unem são as mesmas que apartam, razão pela qual, com o passar do tempo, quem ama, trai inevitavelmente, e quem odeia, destrói sumariamente.
O divórcio político de Tasso e Cid-Ciro veio à público tardiamente, pois no íntimo de cada um já haviam se divorciado desde o primeiro dia em que fecharam os olhos, fingindo lealdade mútua, e começaram a cometer adultérios políticos de toda ordem. Mas como tudo na vida tem um fim, chega ao fim a relação de sujeição dos Ferreira’s Gomes a Tasso, o criador das criaturas que fazem política com a convicção de que, em política, assim como na vida individual, a busca de uma nova musa é sempre mais interessante do que a conquista.
Tasso ainda não lançou nenhum candidato porque deve estar roendo as unhas para se lançar ao Governo, não só para fazer um palanque de vergonha para José Serra (com chapa completa de A à Z), mas para mostrar às criaturas que, quem fez, pode desfazer. Ele ainda não tomou essa decisão conscientemente, mas inconscientemente, presumo eu, já a tomou, e nessas alturas deve estar fazendo ginástica para recolocar a oposição acovardada e submissa do Ceará nos seus devidos lugares. Esse divórcio é política puríssima e quem ganha é o ELEITOR, que não será privado de fazer comparações e escolhas.
Ruy Câmara,
Escritor e Sociólogo.

Fonte - Blog do Eliomar de Lima

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