Na esquina, a casa e, fronteiriça com ela, separada apenas por uma cerca de arame farpado, o improvisado campinho de pelada. Inevitável que, vez por outra, a bola caísse naquele terreno, às vezes quebrando o vidro da janela, às vezes batendo em alguém, às vezes nada acontecendo, mas sempre irritando o pai de Teté.
Quando ele estava em casa, nessas situações a bola ficava retida e só era devolvida uma semana depois. Considerava o castigo justo para quem não atendia aos seus pedidos de cuidado. Pior era na casa da outra fronteira: seu Armindo furava a bola, na hora. Em ambos os casos o jogo terminava antes dos 45 do segundo tempo. Quando seu pai não estava, o pequeno Teté devolvia a bola e continuava assistindo ao jogo, sentado à beira do ‘gramado’, do lado de cá da cerca. Ainda hoje, 50 anos depois, Teté gosta de futebol e de vez em quando sonha ter sido jogador de futebol. Ainda hoje devolveria as bolas se por acaso elas caíssem no terreno de sua casa.
Parabens Xico Bizerra pela cronica e sobretudo pelo titulo de cidadão do Recife. Nós cratenses, varzealegrenses, seus amigos e parentes nos orgulhamos muito. Saiba não estamos com ciumes dos recifenses, estamos felizes. Voce merece. Posteriormente faremos postagem a respeito de sua grande conquista.
ResponderExcluirUm abraço fraterno.
A. Morais