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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Historias de Crianças - Por A. Morais

No inicio da década de 70 do século passado, inauguraram a rede de energia elétrica do Sanharol ao São Vicente. Eu comprei uma televisão e levei para a casa dos meus pais. Era a única TV que existia no Sanharol naqueles tempos. Papai dormia muito cedo e vivia a se aborrecer com o movimento e a zoada dos telespectadores. Mamãe se esmerava em atender a todos de modo que ninguém deixasse de assistir a novela “Ídolos de pano”. Juntavam-se todas as pessoas da ribeira, uns traziam a cadeira de casa e outros se esparramavam pelo chão da grande sala.

Francisca de seu Leandro Dantas, de saudosa memória, trazia sua cadeirinha e colocava a filha conhecida por Preta de seis anos entre as pernas enquanto assistia a novela.

Uma bufa circulava o ambiente de forma impertinente, antes mesmo de acabar, outra já fazia o mesmo roteiro, sem que ninguém soubesse identificar o autor. Uma hora lá, quando a bufa ascendeu Preta disse em toda altura: Essa foi mãe! Dona Francisca deu um cascudo tão condenado que Preta abriu o eco chorando. Seu Leandro perguntou: o que foi isso Preta? E Preta respondeu: é que agente não pode nem falar a verdade.

2 comentários:

  1. Idolos de Pano, quem não lembra. Bons tempos.

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  2. É TEM HORAS QUE A VERDADE DÓI E DESSA VEZ NAO NEM EM SNETIDO FIGURADO NÃO; DOE MESMO.

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