O povo sente opressão
Da força da Ditadura
E a vida fica mais dura
Sem existir solução
Aumentando a inflação
Toda hora todo dia
O povo sente agonia
O salário nunca dá
Não pode se conformar
Com miséria e caristia
.
Foi criada uma entidade
Pra defender nosso povo
Que ela surgindo de novo
Lutará contra a maldade
Sem ter medo da verdade
De maneira mais brilhante
Combatendo a todo instante
A repressão em geral
Num encontro nacional
Na força dos estudantes
.
Em trinta e sete foi o ano
Do nascimento da UNE
Que a força do tirano
Oprime, persegue e pune
Ma ela ficou imune
Em 47, foi mais forte
Resistindo até a morte
Numa campanha bacana
Contra as bases americanas
No Rio Grande do Norte
.
E chega sessenta e sete
A Universidade vai mal
Sem pesquisas, sem Slide
O Brasil se compromete
No acordo MEC-USAID
Na importação do Know-How
E o produto nacional
Só por falta de pesquisa
Lá fora não tem divisas
E tem preço desigual
.
Setenta e sete chegando
Até o Geisel estremece
O quarto encontro acontece
Traz a UNE reformando
E os estudantes lutando
Sem ninguém ficar a sós
É você e somos nós
Assumindo o compromisso
Pois a UNE é tudo isso
“Nossa Força e Nossa Voz”
Essa poesia foi recitada por Aldenisio Correia no Congresso Nacional da UNE, em Salvador - Bahia, no ano de 1978, quando na época era acadêmico do curso de Engenharia Civil da UFC, representando como delegado, os estudantes do Ceará, em plena Ditadura Militar.
ResponderExcluirO poema é muito representativo daquele momento tenebroso que o Brasil jamais sentira saudade!
ResponderExcluirParabéns!