Todo dia era a mesma cantilena. A mesma piega. Bezinha, a irmã mais velha, estava para perder o resto dos cabelos da cabeça e reclamava sempre. A água do cacimbão estava acabando. Todo dia eu falo, reclamo e vocês não levam a serio o que digo. A lama acumulada no fundo do cacimbão está entupindo as veias e não permitem que a água aflore. Tem que fazer a limpeza retirando a lama. Esse era o clima de arenga na casa dos meus parentes, filhos de Raimundo Teté e Raimunda, do Sitio Serrote. Não se tinha mais sossego, todo dia na hora do rango, horário em que se reuniam todos os filhos era um aperreio só. Um dia, depois de muita reclamação de Bezinha, Antão, apelidado Tãozinho, perdeu a paciência e como bom poeta que é, pois é sobrinho do Zé Pequeno e Trineto do Manuel António de Sousa, do sitio Varzinha, improvisou:
Bezinha deixe de confusão,
Deixe-me almoçar em paz,
Aqui próximo do fogão.
Eu lhe peço, por favor,
Faça do cu um motor
E esgote o cacimbão!
Taozinho como é conhecido, tem a veia poetica do besavô Manuel Antonio da varzinha o poeta dos versos da venda do patrimonio de Varzea-Alegre.
ResponderExcluirARRE ÉGUA MAIS AÍ KKKK O POEA FOI IGNORANTE DEMAIS .. ESSE SIM SABE DAR RESPOSTA
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