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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

UM MARTELO VIRTUAL À CALÇADA REAL
(Inspirado no poema “Da Calçada ao Facebook” do poeta Cândido BC Neto)

Esperei encontrar um bom momento
Pra falar, de um recanto de valor:
A calçada, sublime como a flor,
Que findou sendo um grande monumento.
Encontrei, comovido, o elemento
Que me fez, no passado, um sonhador.
E hoje, para espantar a minha dor
Resolvi paginar outra empreitada:
CONSEGUIR EDITAR NOVA CALÇADA
NO TECLADO DE UM BOM COMPUTADOR.

Espalhadas, cadeiras conversavam
Num balanço de vida, sobre alguém,
Não deixando pra trás, quase ninguém,
Na lembrança, enquanto versejavam.
Quando as gotas de chuva respingavam
A plateia mirava o corredor.
Relembrando da casa – um primor,
Tento crer numa prosa planejada:
CONSEGUIR EDITAR NOVA CALÇADA
NO TECLADO DE UM BOM COMPUTADOR.

O Facebook, esse amigo virtual,
Exacerba a minha recordação
Machucando, de vez, o coração,
Que no tempo passado foi real.
Na calçada, vi algo surreal,
Que manteve um vastíssimo esplendor.
Foi o palco do grande narrador
Que, hoje, quer consagrar vasta jornada:
CONSEGUIR EDITAR NOVA CALÇADA
NO TECLADO DE UM BOM COMPUTADOR.

Damião via o padre todo dia,
Miguelzim degustava a aguardente,
Franceli implantava a boa semente
E o BC esbanjava simpatia.
Em Vicente, eu fitava a nostalgia,
Que em Jânio, era onda de furor.
A beata rezava ao Salvador
E Catinha estudava, ali, sentada:
CONSEGUIR EDITAR NOVA CALÇADA
NO TECLADO DE UM BOM COMPUTADOR.

Fim.

2 comentários:

  1. Oi Sávio: valeu e muito encontrar todos vocês.
    Um abraço para os que não encontrei.
    Não tem muito com o SEXTA DE TEXTO mas diga de quem é este cordel.

    No sitío lagoa Seca,
    No sopé de grande serra
    Viveu destinta família,
    Que a cultura desenterra,
    Trazendo àquela ribeira
    Uma verve pioneira
    De sobreviver da terra.

    Um abraço.
    Luiz Lisboa.

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