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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A razão da vinda de Jesus

Prezados amigos, nesses dias que antecedem o Natal, decidi postar aqui no blog o belíssimo fragmento abaixo que extraí do livro A Criação de Deus. Ele explica a razão da vinda de Jesus à Terra. Leiam com o coração e analisem se o texto a seguir é uma obra humana ou de origem divina:

"Eis que o Amor eterno tirou, pelo Poder e a Força de Sua Misericórdia,, a venda de Seus Olhos da Graça, que tudo ilumina, penetrando na caverna onde Adão chorava, e atrás do espinheiro onde Eva se lastimava. E as lágrimas de Adão foram guardadas no solo da Terra e se chamaram e ainda se chamam “Thumim” ou pedras, nas quais a Luz dos sete espíritos de Deus brilha figuradamente, tornando-se compactas pela Luz da Graça do calor do Amor, semelhante ao seu arrependimento justo, como recordação da Sabedoria luminosa. Foram espalhadas por sobre todo o planeta, como prova confortadora do futuro renascimento, que deve ser idêntico a essas lágrimas de Adão, capazes de acolher a belíssima Luz do mar da Graça, do Amor eterno, devendo resistir a qualquer dureza da tentação do mundo.
E as lágrimas da tristonha Eva foram guardadas dentro da terra, atrás do espinheiro, rubras de vergonha pelo abuso do amor santificado de Adão. O Amor eterno percebeu que cada lágrima de Eva era justa diante de Adão, filho do Amor Misericórdia, de sorte que o calor do Amor eterno transformou tais lágrimas em pedrinhas, cujo nome era “Urim”, prova simbólica da tristeza justa de Eva. Uma lágrima da inocência perdida caiu, sobre o arbusto protetor e tingiu a sua branca flor. Conquanto as criaturas conheçam toda a flora da Terra, desconhecem sua verdadeira importância, em espírito e verdade, não o conseguindo até o renascimento espiritual, ou seja, a Misericórdia do Amor eterno através da Graça da salvação.
Ouve mais um segredo, que deve ser compreendido por causa do orgulho ultrajante dos filhos do mundo: Duas flores do arbusto foram fecundadas por meio da lágrima justa da inocência de Eva e conservaram sua bênção através de todas as tempestades, durante as grandes Guerras de Jehovah com os povos da Terra, e vivificaram a mulher de Abraão na época da libertação da Graça do Alto para exemplo da grande Obra do Amor Misericordioso, e também vivificaram a mulher de Zacharias para a verdadeira realização da maior de todas as ações do Amor de Deus.
Agora volta teu olhar para Adão e Eva, visitando-os Comigo e vê como Eu, o Eterno Amor, os encontrei desnudos, abandonados, chorosos e tristonhos de arrependimento e vergonha justos, chamando-os para junto de Mim.
Mas eles não se atreveram a olhar o Semblante de seu Pai, pois estavam apavorados diante do trovão do julgamento mortal, do fundo da Ira de Deus. E as chamas da Ira Divina, do Deus Infinito, se atiravam pelos espaços infinitos à Terra, onde o grande Amor Se encontrava junto de Seus filhos caídos e arrependidos, criados por Sua imensa Graça.
Por causa do arrependimento e tristeza dos filhos, travou-se uma luta renhida entre o Amor Misericordioso e a Divindade, que tudo queria destruir para resgate de Sua Santidade incorrupta.
As chamas da Ira da Divindade se precipitaram mais velozmente que os raios para a Terra, penetraram em seu centro, incendiando-a. E as labaredas destruidoras atingiram a Lua e o Sol; sim, alcançaram todas as estrelas! O Infinito imensurável tornou-se um mar de fogo e trovões terríveis retumbavam pelos espaços, e a Terra chorou e o mar bramiu, a Lua clamou e o Sol lamentou-se e as estrelas gritaram mais fortemente que os trovões, diante da expectativa de sua eterna destruição. E suas vozes ecoaram das profundezas infindas da Ira Divina, clamando: “Grande e Sublime Deus, aplaca Tua Ira, apaga as chamas aniquiladoras da Tua justa fúria e poupa os inocentes, em Tua Santidade. Pois o fogo de Tua Ira destruirá os justos e aniquilará o eterno Amor em Ti e algemará a Ti Mesmo, em Teu Poder imenso e na Tua Força de Majestade!”
Vê e ouve, de olhos e ouvidos abertos, o que falou a Divindade irada. Suas Palavras eram somente entendidas pelo Amor Eterno, que durante a explosão da Ira Divina protegia o casal arrependido e repelia a chama destruidora na Terra, para que não atingisse o local de remorso de Adão e o ponto de tristeza de Eva, através do Poder e Força de Sua Misericórdia. Ouve as palavras de horror saídas da profundeza da Ira Divina: “De que Me adiantam o choro e o desespero da Terra, o clamor da Lua, o lamento do Sol e os gritos das estrelas? Fui abandonado por Meu Amor que Se tornou infiel e Se afastou de Mim para a dupla escória da Terra! Que farei sem Ele? Por isto, quero destruir as Suas Obras, desde o fundamento, para que nada possa desviar e afastar o Meu Amor de Mim, por todas as eternidades! Quero ser Deus Único, para todos os tempos, como fui desde eternidades. E tu, edificação corrupta da Criação de Meu Amor enfraquecido, deves ser destruída para que Eu possa reencontrar o Meu Amor e fazê-Lo forte pelo Poder e Força de eterna Santidade. Amém!”
Neste instante, os laços das criações se desataram nos espaços do Universo Divino, e os destroços despencaram sob imenso fragor para dentro das profundezas, ou seja, a própria Terra, que repousava destroçada no seio do Amor Misericordioso. Os neo-criados tremiam de pavor diante dessa cena terrível, cuja extensão jamais um espírito criado poderá conceber em sua plenitude, pois era infinita. Presta atenção ao que disse e fez o Amor; fita as grandes ações de Sua Misericórdia e ouve as Suas Palavras: “Grande e Onipotente Deus de todo Poder, Força e Santidade! Retira a Tua Ira, apaga o fogo de Tua fúria destruidora e ouve com a calma de Tua Santidade as palavras de Teu eterno Amor, que é Tua Única Vida em Ti, eterno como Tu, Poderoso e Forte como Tu, por Ele e Ele por Ti, e não queiras destruir a vida Nele e, através Dele, a Ti Mesmo, e aplica a Graça em vez da Justiça e aceita a satisfação dada pelo Amor. Exige penitência pela ofensa e ultraje à Santidade ofendida e ultrajada, e não haverá sacrifício grande demais que possas exigir!”
Ouve o que sucedeu em seguida e o que retrucou a Divindade, pois o fogo abrandou e dos espaços começou a soprar uma brisa suave, mesclada de trovões ainda fortes, produzidos pelos destroços do mundo que estremeciam pela combustão quais raios enormes. E o Amor entendeu o trovão de Deus, que dizia com impetuosidade: “Porei a culpa em Ti, assim como depositei os destroços sobre a Terra e hás de apagar o ultraje de Minha Santidade, a eterna união entre Mim e Ti! Amaldiçôo a Terra a fim de que não haja uma mácula a vilipendiar a Minha Santidade e Eu não Me torne como Tu, um Deus sem Santidade. Esta maldição será debitada à Tua culpa, que terás de aceitar para pagar por Minha Santidade e lavar da Terra, com Teu Sangue, a vergonha e o pecado de Adão!”
E eis a resposta do Meu Amor: “Grande e Santo Deus de todo Poder e Força! Que se faça segundo Tuas Palavras!” Naquele momento apagou-se subitamente o fogo sobre a Terra e nos espaços da Criação. E os destroços dos sóis, mundos e luas foram de novo reunidos pelo Poder e Força do Amor atendido por Deus e se reorganizaram como eram desde o início. Todavia, conservaram para todos os tempos os vestígios de sua destruição, semelhantes aos estigmas do Amor Eterno que, posteriormente, sangrou para todos, na grande era das eras.
E também caíram destroços de outros mundos nas planícies e nos mares da Terra, como prova do Poder e Força de Deus e igualmente como testemunhas expressivas das ações do Amor Misericordioso. Ouve o que sucedeu em seguida: Quando o Amor Eterno aceitou as exigências e, com isto, deu satisfação antecipada à Santidade de Deus, a Divindade externou, em sussurros apenas audíveis ao Amor, Sua Santa Vontade, dizendo:
“Tua imensa Misericórdia chegou aos Meus Olhos, que tudo vêem, e percebi, na calma de Minha Santidade, Tua Sinceridade e Fidelidade eternas e contei as lágrimas de remorso de Adão e as lágrimas de tristeza de Eva, e Me compadeci por Tua grande Misericórdia. Por isto, retirarei agora os Meus julgamentos, espargindo Graça em plenitude em vez de Justiça e hei de reparar o dano que eles provocaram.
Além de Mim, não há quem possa reparar algo, porque não há quem seja bom, senão Eu, o Santo Pai. Pois este será o Meu Nome para o futuro, eternamente. E Tu, Meu Amor, és o Meu Filho. E a Santidade – como união ativa da Força entre Nós e tudo que surgiu de Nós – é o Espírito Santo que deve preencher os espaços e universos, para todas as eternidades. Amém. Isto diz o Bom e Santo Pai. Amém.
E agora, Meu amado Filho, dize ao casal arrependido e entristecido – grava-lhe isto profundamente nos corações – que devem manter os mandamentos do Amor e da Misericórdia até o fim da vida. Eu lhe darei um Mediador para determinada época, a fim de eliminar a culpa e diminuir o enorme peso de sua desobediência.
Até lá devem esperar com paciência e humildade, e o pão, que atualmente proporciono apenas parcamente, devem saborear, gratos, no suor de seu rosto, não podendo saciar-se até a época do Mediador, que despertarei de seu meio, perfeito e bom, assim como Nós somos Perfeitos, Bons e Santos eternamente.
Acrescenta que sustei os Meus Julgamentos apenas para aqueles que cumprirem rigorosamente Meus severos Mandamentos. Os infratores serão ameaçados para sempre com o rigor da Santa e Eterna Verdade, cujo cumprimento se dará na menor infração! Isto diz o Santo e Bom Pai, através de Seu Filho – o eterno Amor dentro Dele – e por meio do Espírito Santo, como Graça eficaz de Nós Ambos, para o futuro perdão do pecado que agora há-de castigar o seu físico e futuramente provocará a morte temporária para a conquista da Vida, após o desprendimento do corpo, quando tiver aparecido o Mediador.
Isto diz o Pai, Santo e Bom. Amém, Amém, Amém.”

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