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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Musica do dia 005 - Antonio Morais.

A sugestão de hoje é minha. Vozes da seca é fato histórico. 1953: uma das maiores secas jamais ocorridas no nordeste brasileiro sob o governo de Getúlio Vargas, que decreta ajuda imediata e emergencial do governo federal ao povo sertanejo. O que é glosado imediatamente por Luiz Gonzaga neste memorável baião gravado no mesmo ano.

Exemplo oportuno de que, mesmo sendo um conceito de difícil apreensão por classes sociais mais abastadas, é justamente um artista popular o que vai definir com exatidão o conceito de plena cidadania, onde estabelece uma relação de contrato com o governante, autônoma e independente, e para além do conformismo passivo do assistencialismo demagógico.

Fica patente aqui uma das mais vigorosas afirmações da cidadania brasileira, ao contrário do que muitos intelectuais de esquerda iriam tentar insinuar nos anos de chumbo da década de 60/70 esta figura estelar da MPB que foi Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Já se passaram 60 anos do Baião de Gonzaga e Zé Dantas e, hoje o nordeste sofre as mesmas mazelas. Neste período o Brasil foi governado durante 18 anos por presidentes nordestinos. Sarney, o Palmerio Dório diz tudo no seu livro: Honoráveis bandidos. Collor de Melo foi expulso da presidência e, o Lula  enganou e continua enganando.  Só uma coisa continua a mesma: o povo sofrido. Veja o vídeo e ouça a musica.

Vozes da Seca.

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