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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 1 de maio de 2012

Blog em Prosa - Por Geovane Costa.


Hoje vou contar, a pedido do Geovane Costa, a história do casamento de Clara de Manuelzinho do Pita com Manuel Leandro Bezerra.

Clara veio a passeio a Varzea-Alegre onde já tinha um irmão e duas irmãs casadas com  filhos de José Raimundo do Sanharol. Na casa de Zefinha, casada com Viturino Alves de Menezes, o conhecido Bitu,  ela demorou o primeiro dia. Num determinado momento, Viturino falou pra Clara: Você devia se casar com Manuel Leandro meu irmão, ele é um homem muito bom, foi um excelente marido  no primeiro casamento. Clara respondeu em cima da bucha: se Manuel Leandro vier com dois Santo Antonio de ouro nas mãos eu ainda não quero. Viturino se aborreceu com a proposta de Clara e, resolveu ir deixa-la na casa do pai em Arneiroz.

Quando chegou no Pita,  fazenda onde morava a familia Manuelzinho perguntou: o que houve, que Clara foi para passar um mes e já voltou? Viturino contou a historia e, o velho acrescentou: ela vai ganhar muito com isso. Nunca mais põe os pés no Machado. A Clara ouviu a conversa de onde estava. 

Quando Viturino se despediu  a Clara chegou para o vaqueiro que o acompanhava e disse: Ei, quando chegar  lá diga a Manuel Leandro que se ele quiser eu me caso com ele, que eu quero ver se meu pai empata que eu vá ao Machado.

Quando Manuel Leandro soube da historia foi correndo a Arneiroz buscar Clara. Clara era engenhosa.


5 comentários:

  1. Com o casamento de Clara com Manuel Leandro Bezerra completou-se 5 filhos do Jose Raimundo com filhos de Manuelzinho do Pita.

    A historia mostra que antigamente se casava por vários motivos. Parentes próximos para não dividir a herança, com a cunhada para cuidar bem dos meninos, mas a Clara casou para mostrar ao pai que ele não a impedia que ela fosse a Várzea-Alegre. Clara era caprichosa.

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  2. Morais,
    Obrigado por ter atendido meu pedido, que é mais para os mais novos saberem como as coisas aconteciam antigamente.
    A minha bisavó Clara era caprichosa, mas na verdade ela tinha gostado muito do machado, como eles chamavam a Várzea Alegre.
    Chico André contava ainda Manuel leandro só foi essa vez no Pita e não voltou mais lá.

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  3. O Sr. Chico André, que era a História viva de Várzea Alegre, um historiador natural, contava ainda sobre este episódio que o meu bisavô Mnuel Leandro ao chegar da viajem do Pita, tratou de tirar os arreios dos animais e botá-los na roça.
    Ao entrar na casa da mãe para pedira a benção, esta estava com um chicote na mão, mandou que ele se ajoelhasse e desceu o reio. Depois ao perguntar o motivo daquela surra ela disse: Você quando chegou não veio me tomar a bênção, foi cuidar primeiro dos seus animais. ( vejam: isto ele casado pela segunda vez)

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  4. Prezado Geovane.

    Cada historia trás outra. Veja a historia da surra como agrega valor a postagem. Depois contaremos a historia da eleição.

    Abraços.

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  5. Com certeza, Morais,

    kkkkkkkkkkkkkkk, a da eleição só não é boa, porque infelizmente ele tinha enlouquecido.

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