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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Do tempo do bumba a modernidade - Por Antonio Morais


Ontem, eu passava por uma rua do Crato e duas mulheres aparentando 20 anos, tempo de já terem juízo, levavam um lero animado. Uma delas toda alfinetada com "piercings" enfiadas nas orelhas, nariz, sobrancelhas, lábios, umbigo e sei lá mais onde, uma tatuagem de um morcego no cangote, perguntou para a outra: mulher, como está o teu filho? Está bem, o pai está cuidando dele. E se ele descobrir que não é o pai?  Quanto mais tempo demorar melhor! Respondeu descaradamente.

Antigamente, era costume os fazendeiros abastados terem em suas residências uma ou mais criadas para adjutorarem nos serviços domésticos. Não muito raro, as criadas eram embuchadas pelos patrões e o menino nascia, com o mesmo sangue dos outros correndo na veia, mas era desconhecido por falta de um registro civil ou por conveniência do clã ou da própria criada.

Felizmente, houve um grande avanço neste sentido: A ciência comprova a paternidade, só paga pensão para filho dos outros quem quer, e, a justiça dar os mesmo direitos a todos, legítimos ou não.

Eu sempre fui muito fã de José Raimundo Duarte, O conhecido José Raimundo do Sanharol. Segundo diziam os mais velhos ele teve um filho fora do casamento.  Registrou a criança com o nome da família e, depois de adulto deu de herança a parte de bens que lhe tocava.

Isto nos idos de 1.850 a 1.900, um homem indo e voltando.


3 comentários:

  1. Com os meios atuais acabou-se as espertezas dos dois lados. Nem a mulher pode sacanear com o homem nem o homem pode alegar que a criança não é dele. A lei concede direitos iguais.

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  2. Outro dia conversava com um velho amigo e ele me falando de um grande cidadão de Varzea Alegre que tinha cinco filhos com outra mulher mas não reconheceu nenhum. Esta senhora foi embora, só mandou uma carta uma vez para a madrinha e não deu mais notícias. Uma filha deste cidadão já procurou por todos os meios estes irmãos, mas não teve êxito.
    Uma maldade, uma covardia, uma grande fraqueza no meu entender. Na verdade, muito difícil mesmo um homem como Zé Raimundo do Sanharol.

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  3. Prezado Geovane.

    Se esse pessoal procurar a justiça vai encontrar todo amparo legal. Não terá sangue inglês que dê jeito.

    Abraços.

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