Em 1932, uma grande seca assolou o Ceará e inicou-se um movimento dos sertanejos em direção às grandes cidades, dessa vez eles procuravam as cidades atendidas pela via férrea, Senador Pompeu, Ipu, Quixeramubim, Cariús, Crato e Fortaleza. Como já havia acontecido nas secas de 1877 e 1915 o governo instalava campos de concentração cercados por arames farpados e vigiados por soldados.
"A seca de 1932 foi uma das maiores da história do Ceará. Fome e doenças como cólera, febre amarela e varíola marcaram aquele povo sofrido pela sede e fome. Senador Pompeu foi uma das cidades que abrigou um dos sete campos de concentração, criados pelo governo da época para deter a vinda de retirantes à Fortaleza."O governo obrigava as vítimas da seca a trabalhar na construção da barragem do açude Patu. No entanto, repentinamente, a obra teve seus trabalhos paralisados e, junto com a paralisação, o governo deixou de manter o posto de saúde e o setor de fornecimento de alimentos que funcionava no campo. Com isso, os retirantes foram adoecendo e morrendo.
Atualmente, Senador Pompeu é o único município onde se encontra viva a memória do campo de concentração. O cemitério da Barragem do Patu é considerado um espaço sagrado para visitação. Há romarias, pessoas que rezam e pagam promessas. Os moradores acreditam que as almas dos concentrados são milagrosas porque sofreram muito".
Para aqueles que gostam de ler sobre o tema, o livro VIDA E MORTE NO SERTÃO: HISTÓRIA DAS SECAS NO NORDESTE NOS SÉCULOS XIX E XX, de Marco Antônio Villa, faz um peque apanhado das secas desse período.
ResponderExcluirHá também um material disponível na NET sob o título HISTÓRIA DAS SECAS em www.colecaomossoroense.org.br/acervo/historia_das_secas_xx.pdf