Foto de José Alves Feitosa, Dudau, o tabelião citado no Conto. Era primo legitimo e irmão da segunda esposa do Pedro Tenente.
A história de Várzea Alegre é pontilhada de fatos curiosos. Lembro-me muito bem do Pedro Tenente e do Souza. O primeiro era um historiador que não sabia escrever. O segundo, era uma analfabeto que sabia ler.
Pedro Tenente, tinha esse apelido porque o pai dele fora tenente da polícia militar do Ceará e viajava pelo estado todo. Pedro o acompanhava e procurava saber quem era quem nas localidades onde passavam. Ele não sabia escrever, mas ditava as histórias das famílias do Ceará para o tabelião de Várzea Alegre que escrevia pra ele. O tabelião publicava uns livretos, eram simples e fáceis de ler. Meu pai comprava esses livretos na feira e eu lia em voz alta para o pessoal que trabalhava no engenho do meu avo. Eu adorava ouvi o pessoal dizendo – esse menino é inteligente!
Curiosamente, anos depois, lendo a história da família Feitosa, escrito por Chandler, um historiador americano que escreveu também o livro – Lampião, o Rei do Cangaço – pude conferir como Pedro tinha uma memória invejável. As pesquisas do Chandler batiam com a historia dele.
Dizem que certa vez, o finado José Correia pediu a Pedro pra escrever a historia da família dele, e Pedro respondeu – Coronel, esse negócio de família pode dá na cozinha ou no mato!
Professor Antonio Dantas.
Prezado Professor Antonio Dantas.
ResponderExcluirObrigado pelo resgate. Jose Alves Feitosa, Dudau, o tabelião citado no Conto, era primo legitimo e irmão da segunda mulher de Pedro Tenente.
Tenente da Guarda Nacional Antonio Gonçalves de Oliveira, Pai do Pedro Tenente foi casado duas vezes. A primeira com Barbara Alves de Morais, Filha de José Raimundo do Sanharol, deste casamento não nasceram filhos. Do segundo casamento com Maria Gloria de Morais, sobrinha de sua primeira esposa, nasceram dois filhos: Ana Gonçalves de Morais e Pedro Gonçalves de Morais, Pedro Tenente.
Dos dois casamentos Pedro Tenente deixou quatro filhos, dois de cada matrimonio.
ANTONIO DANTAS DISSE:
ResponderExcluirMorais, muito obrigado pela postagem do conto sobre Pedro Tenente. Eu gostaria de saber mais dessa histórias. Infelizmente, só me lembro de algumas porque meu pai me contava.. Achei que a fotografia e a revelação do parentesco de Pedro Tenente com o tabalião, deram um toque especial ao conto. Em breve visitarei meus pais la no Maranhão. Eles vão gostar disso tudo. Vou imprimir alguns dos teus contos e prosas pra meu pai lê. Concordo contigo, são essas coisas interessante das familias da nossa terra que devemos perservar. Temos que ter orgulho de tudo isso e guardar na memória aquilo que tem de melhor.
Mais uma vez, muito obrigado.
Abraços,
Antonio Dantas
Pedro Tenente, quando ainda morava na Boa Vista, todos os dias ia buscar um leite no Serrote. Certo dia olhando para a Lagoa do Serrote, teria dito: hoje está fazendo cem anos que um vaqueiro morreu de uma queda bem ali onde é o balde daquela lagoa, correndo atrás de uma vaca. Agora, não se sabe em que ano ele disse isso, mas o certo é que se tratava de um grande historiador nato, autodidata... de grande conhecimento dos fatos.
ResponderExcluirAgora veja A. Morais quanta esperteza e inteligencia nesta resposta: quantas famílias não tiveram casos "no mato". No Gibão eles falam: "filho de moita".
ResponderExcluirE verdade Geovani. Sabedoria antiga. O puder publico tinha a devida obrigação de resgatar o livro do Pedro Tenente. Tenho noticias que a família de Chiquinho de Louzo tem o único exemplar que se tem conhecimento. Devia ser editada uma nova edição e distribuída com os munícipes.
ResponderExcluirAntonio Morais, boa noite.
ResponderExcluirGostaria de saber se João Morais de Oliveira, pai do avô faz parte dos Feitosa.
Qual o parentesco dela com José Miguel de Sousa, João Ferreira Bispo e Joana Vieira de Sousa, todos de Tauá.
O Livro está completo - pelo menos é o que se promete - neste link:
ResponderExcluirhttp://artemisia-palavraspalavras.blogspot.com.br/p/o-passado-no-presente-pedro-tenente_05.html