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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 7 de janeiro de 2017

Histórias de João do Sapo - Por Antônio Morais


Rosa Amélia, Terezinha Costa, Luiz Cavalcante, Pinheiro e esposa, Dr. Pedro, João do Sapo de terno, Dondon Gregório, Maria Amélia... Gilberto Rolim e Raimundo Mendes.

João do Sapo e José de Pedro André.

João do Sapo era proprietário de uma das maiores áreas de terras agricultáveis de Várzea-Alegre. Quando ele ia  plantar uma manga, chagava à casa de José de Pedro André e dizia: José, tire a sua parte. Depois é que ele arrendava aos demais.

Sempre que João do Sapo precisava de algum serviço, procurava José de Pedro André. Certa feita, precisando esgotar um cacimbão  o procurou. Dona Soledade já  havia falecido e,  no outro dia cedinho José  de Pedro André chegando a casa de João do Sapo adentrou, e, chegando na cozinha, uma gata descansava o maior sono  no lugar do fogo do fugão. José de Pedro André voltou e chegando no curral disse: João do Sapo,  fui até a cozinha e está muito desanimado, no lugar  do fogo do fogão tem uma gata dormindo.

João do Sapo respondeu:  Quando Soledade era viva, o primeiro leite que eu tirava ia deixar em casa. Depois da ordenha, quando eu retornava tinha  uma chaleira com café, um bule com leite e duas tapiocas. Hoje a situação é a que você viu.

José de Pedro André replicou:  Porque você não procura uma cabocla, você é  sadio, vai viver muito tempo, vai precisar de uma pessoa  para cuidar de você.

João do Sapo respondeu: temo pelo que minhas filhas possam achar de uma atitudes assim. José de Pedro André encerrou a conversa dizendo: Pois saiba, a tapioca que  está lhe faltando Iaci está fazendo para José Rolim, Balbina faz para Joaquim Diniz e Francy para João Costa. 

Não se sabe, ao certo, se por essa ou outra razão, João do Sapo foi ao Mocotó e trouxe Ana Angelica para o Sanharol com quem se casou, constituiu família e teve duas filhas.

Um comentário:

  1. A foto é de valor inigualável. O personagem também. Impossível acreditar que com tamanha descendência alguém não tenha tido acesso. A unica justificativa é a mais injustificada : Os netos, bisnetos e trinetos não sabem quem foi João do Sapo.

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