Na postagem anterior, falei do grande orador e homem intelectual que foi o Dr. Dario Batista Moreno. Ex-prefeito de nossa cidade, pessoa de fina lhaneza no trato com as pessoas, porém, não gostava de lengalenga, de bajulação.
Havia em Várzea-Alegre, a época, um vereador que por nada estava usando a palavra e fazendo aquele belo e memorável discurso. Bastava reunir três ou quatro pessoas numa roda que o orador pedia a palavra e mandava o verbo.
Dr. Dario não gostava nada daqueles vexames, ou seja, do vocabulário do nobre "Ruim Barbosa". Durante o seu governo, por ocasião da inauguração de uma escola no distrito de Naraniú, com a presença do vice-governador do Estado Joaquim de Figueiredo Correia, nosso conterrâneo, o Dr. Dario prevendo o discurso do vereador foi à casa do ilustre edil e falou que como era uma reunião simples, o vereador podia convidar os amigos, “mas não havia necessidade de fazer nenhum discurso”.
Na hora marcada, ao chegar com o vice-governador no local, o vereador subiu num tamborete e começou um solene discurso nos termos que se segue: “Incelentismo cumpadre Figueiredo Correia, reverendísimo prefeito Dr. Dario Moreno, demais oturidades que aqui tão... – Eu num tem palavras”....
Dr. Dario se aproximou, aberturou o vereador como dizem por lá, e falou: palavras você tem, o que você não tem é vergonha!
O azar dos políticos safados, desonestos e sem pudor de hoje é, um dia, no passado ter existidos homens com o caráter e dignidade de um Dario Batista Moreno.
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