Dr. Humberto Macário.
Mundim do Sapo.
Mundim do Sapo transferiu o domicilio de Várzea-Alegre para o Crato. Precisava botar os filhos para estudar. Fixou residencia à Rua Monsenhor Esmeraldo depois da linha férrea. Neste época a fabrica da Coca-cola ficava próximo.
O filho Raimundo, voltava da aula e de passagem pela referida fabrica atirou uma pedra na Placa luminosa, bateu de um lado e saiu do outro, deixando-a cheia de buracos. O vigia observou Raimundo entrando em casa, ligou para o gerente da fabrica que foi a casa do Mundim com a muzenga, de pauta com o diabo.
Enquanto o homem falava o circo ia se formando, a vizinhada toda assistindo o afoito gerente. Mundim do Sapo calado o tempo todo, não tinha razão e nem tinha o dinheiro para pagar o prejuízo.
Por fim o homem baixou a sentença: amanha, 08 horas, no meu escritório com o dinheiro da placa, do contrario vai ter cadeia.
Seis da manha, Mundim do Sapo estava na casa do Dr. Humberto que além de ser seu grande amigo era o prefeito do Crato à época.
O que foi Raimundão que você não me deixou dormir hoje? Disse Dr. Humberto.
Mundim contou a historia.
Dr. Humberto ligou para o gerente da coca-cola: aqui é Dr. Humberto Macário.
Diga Dr. Humberto, mande as ordens.
Eu quero que você levante os prejuizos que o filho de um amigo meu provocou com a destruição de uma placa da sua empresa e mande receber comigo. Não vá mais na casa dele, porque ele não pode pagar e vai se encabular e aborrecer você.
Nada Dr. Humberto, foi nada não, foi só um trincão de fácil recuperação. Aqui o senhor manda!...
De qualquer forma se houver despesas é comigo.
Pronto Raimundão, está resolvido. Pode ir pra casa tranquilo. Disse Dr. Humberto.
Quando Mundim chegou em casa, o vizinho que assistiu o circo do dia anterior perguntou:
Como foi, seu Mundim, o homem amansou?
Mundim do Sapo parou um pouco e respondeu: Eu estumei Dr. Humberto nele.
É muito comum humilhar os humildes e abrir as pernas na bajulação para quem tem puder.
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