O deputado petista André Vargas, que se viu compelido a deixar a vice-presidência da Câmara ao emergirem os seus negócios com o grão-doleiro Alberto Youssef – o que levou o Conselho de Ética da Casa a abrir contra ele processo por quebra de decoro parlamentar –, deve se achar um guerreiro. Não tem, é claro, a movimentada biografia de um José Dirceu, o ex-presidente do PT, ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil que cumpre pena na Papuda como capo do mensalão, a quem os companheiros assim reverenciam, acrescentando, para rimar, “do povo brasileiro”.
Mas, para quem ignorasse os métodos, não propriamente solares, graças aos quais André Luiz Vargas Ilário fez carreira no PT de Londrina – começando por dirigir o Albergue Noturno local até chegar ao comando da sigla no Paraná em 1998 e ao Congresso Nacional em 2006 –, foi na esteira do encarceramento de Dirceu que ele apareceu na mídia nacional. O robusto parlamentar valeu-se da circunstância de estar ao lado do presidente do STF, Joaquim Barbosa, na abertura do atual ano legislativo, para erguer o punho esquerdo em solidariedade aos mensaleiros condenados, vítimas, segundo ele, de um julgamento injusto.
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