De duas, uma: ou Dilma foi incompetente por não enxergar a corrupção que ameaçava afogar a Petrobras ou foi cúmplice dos que afundaram a empresa
Não vou perder tempo analisando o discurso feito ontem pela presidente Dilma Rousseff diante dos seus 39 ministros reunidos na Granja do Torto.
Afinal, foi um discurso do “sem”. Sem brilho. Sem novidades. Sem propostas de impacto. Sem coerência. Sem convicção. Sem nada. Burocrático.
Não foi um discurso de líder. Que enxerga longe e sugere caminhos. Foi um discurso de quem se defende. De quem se justifica. De quem suplica por compreensão e acolhimento.
Como acreditar em quem nos disse uma coisa quando era candidata à reeleição, está fazendo o contrário do que disse, e, no entanto, quer que acreditemos que não mentiu?
Este é um dos pecados dos poderosos: subestimam a inteligência alheia. De tão arrogantes, acham que conseguirão enganar os outros por muito tempo. Ou por todo o tempo. Até que se esborracham.
Como posso dar crédito a quem promete combater a corrupção, mas foi incapaz de percebê-la quando ela esteve ao alcance do seu nariz?
Na época, depois de ter sido ministra das Minas Energia, Dilma ocupava a chefia da Casa Civil da presidência da República. Era também presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Ainda não evitava jornalistas. Provocada por alguns deles, disse o que pensava da instalação de uma CPI para investigar a roubalheira na Petrobras. Sim, a roubalheira já era grande.
De duas, uma: ou Dilma foi incompetente por não enxergar a corrupção que ameaçava afogar a Petrobras ou foi cúmplice dos que afundaram a empresa. Prefiro acreditar que foi incompetente.
E essa senhora nos foi apresentada por Lula como melhor gestora do que ele... Que dupla!
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