Segundo procuradores, a corrupção continua pois os agentes envolvidos contam com a impunidade
Para o Ministério Público do Paraná (MPF), que teve aceito pela Justiça o pedido de prisão preventiva do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, o esquema criminoso montado na Petrobras para pagamento de propina em compras da estatal não foi estancado, mesmo após a deflagração da Operação Lava-Jato, em abril do ano passado.
Segundo procuradores, a corrupção continua na Petrobras.
- Não há indicativos de que o esquema criminoso foi estancado. Pelo contrário, há notícias de pagamentos de propinas efetuados por empresas para diretores da Petrobras mesmo em 2014. Note-se que uma das empresas, a Camargo Correa, havia sido investigada por fatos similares anos antes, na Operação Castelo de Areia, sem que o esquema por isso tenha se encerrado - diz o pedido de prisão contra Cerveró, aceito pela Justiça Federal ontem cedo.
- Os agentes envolvidos nessa espécie de crime contam desde já com a impunidade alcançadas em outros casos e, no máximo, postergarão pagamentos, acumulando dívidas e saldos a liquidar com agentes públicos.
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