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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O desafio de Dilma será o de se reinventar - Por Ricardo Noblat


É de fato indigesto o tamanho do sapo que ela está sendo obrigada a engolir com a escalação dos novos responsáveis pela política econômica do seu segundo governo.

Nomear Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda não foi moleza. Significou uma mudança radical na orientação da política econômica. Saiu de cena a gastança irresponsável. Entrou a ortodoxia no manejo das contas públicas.

Levy trabalhou com Antonio Palocci, ministro da Fazenda do primeiro governo Lula e da Casa Civil do primeiro governo Dilma. Palocci e Dilma nunca se bicaram. Tão logo pôde, Dilma livrou-se dele.

Pois Levy escolheu para os principais cargos de sua equipe nomes que trabalharam diretamente com Palocci - três dos seis anunciados ontem. Um deles havia sido demitido por Guido Mântega, que antecedeu Levy no cargo.

Espera-se que Dilma se reinvente descentralizando o poder, rendendo-se a uma política econômica que pouco tem a ver com o que ela pensa, e gastando mais seu tempo em conversas com políticos do que com leitura de relatórios.

Isso será possível? A conferir. Eu duvido.

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