É de fato indigesto o tamanho do sapo que ela está sendo obrigada a engolir com a escalação dos novos responsáveis pela política econômica do seu segundo governo.
Nomear Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda não foi moleza. Significou uma mudança radical na orientação da política econômica. Saiu de cena a gastança irresponsável. Entrou a ortodoxia no manejo das contas públicas.
Levy trabalhou com Antonio Palocci, ministro da Fazenda do primeiro governo Lula e da Casa Civil do primeiro governo Dilma. Palocci e Dilma nunca se bicaram. Tão logo pôde, Dilma livrou-se dele.
Pois Levy escolheu para os principais cargos de sua equipe nomes que trabalharam diretamente com Palocci - três dos seis anunciados ontem. Um deles havia sido demitido por Guido Mântega, que antecedeu Levy no cargo.
Espera-se que Dilma se reinvente descentralizando o poder, rendendo-se a uma política econômica que pouco tem a ver com o que ela pensa, e gastando mais seu tempo em conversas com políticos do que com leitura de relatórios.
Isso será possível? A conferir. Eu duvido.
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