Em 1974, o prefeito de Várzea-Alegre Lourival Frutuoso, em reconhecimento e gratidão a consagradora vitória nas urnas, resolveu promover uma partida de futebol. Para tanto convidou o selecionado Cratense.
Entre as exigências do presidente da liga cratense o médico Antônio Valdir de Oliveira estava a atenção com os atletas. Hospedagem, alimentação e acomodação, nada podia faltar ou ser deficitário.
O prefeito contratou o melhor hotel da cidade, o Hotel São Raimundo. Dona Emília, a hoteleira, passou a colher informações: o que cada atleta preferia e gostava de degustar.
Quando os atletas se apiaram do ônibus do seu Orlando e se dirigiram ao refeitório do hotel começou o burburinho. Nunca se viu tanta exigência - Chico Curto queria pêssego, Pangaré pedia maçã, Sibito exigia ameixa, Charuto queria figo, Antônio Pé de Pato queria uva, Pirrol queria morango tudo coisa que pra quelas bandas ninguém sabia que existia.
Na hora do almoço, servido numa mesa de "Pau Darco" com seis metros por dois, de tudo tinha, todos bem acomodados, observou-se Fruta Pão misturando o molho pardo da galinha caipira com o arroz e farofa. Anduiá lascou: Larga de ser burro bicho, chouriço agente come é no fim. Tudo isso sob o olhar severo e disciplinador do técnico Alderico de Paula Damasceno.
Para decepão dos atletas o Crato terminou perdendo de 7 X 1 para Várzea-Alegre o mesmo placar de Alemanha e Brasil. Dizem que este placar elástico deveu-se ao fato do Dr. Vasco juiz de direito de comarca e juiz do jogo ter dado uma mãozinha. Eu não duvido.
O que pouca gente sabe é que Dona Emília, a hoteleira, até hoje não recebeu a conta da prefeitura.
Em pé da esquerda para direita: Mascote, Carlito, João de Amadeu, Nenen de Canuta, Otacílio Correia, Toim de Abigail, Dr. Vasco, Valdir e Joaquim Diniz.
Abaixados da esquerda para direita:
Rubens Diniz, Inácio, Silva Teté, Perna Santa, Zezinho e Tinteiro.
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