As acusações do delator e ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado são explosivas, mas ele ainda precisa provar o que fala
Ao protagonizar o papel de delator da Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado empunhou uma metralhadora giratória. Disparou tiros para todos os lados atingindo 25 políticos de sete partidos. Nas denúncias, ele apontou para mesadas recebidas por parlamentares do PMDB do Senado e listou milionárias distribuições para campanhas que remetem ao final da década de 1990.
Mas, na tarde da quinta-feira 16, depois que todo o conteúdo da delação veio à tona, os principais agentes políticos constataram que da metralhadora saíram muitos tiros de festim. Ou seja, ele fala muito, mas prova pouco em relação àqueles que procura comprometer. Segundo um ministro do STJ que teve acesso à íntegra da delação, o que Machado “demonstra com incrível riqueza de detalhes é como ele próprio tinha acesso à propina e como movimentou o dinheiro no exterior com a ajuda de três filhos”. “Sobre os políticos que teriam recebido recursos desviados, a delação não apresenta provas”, complementa. No Supremo Tribunal Federal (STF), em privado, ministros diziam que os depoimentos prestados pelo ex-presidente da Transpetro e os filhos estão mais para “uma confissão do que uma delação para apontar terceiros”.
Sergio Machado, está a serviço de outros, alem dele mesmo. Mas, como ele atirou muito vai errar alguns tiros e aí na falta da prova os tiros voltarão contra ele. O tempo mostrará os problemas que o Serjão vai enfrentar. Ele denunciou gente bem maior do que ele.
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