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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Cármen Lúcia recebe Janot e auxiliares de Teori - Por Josias de Souza.


Passada a fase de luto pela morte de Teori Zavascki, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, foi ''à luta'', como ela diz, para cuidar do futuro da Operação Lava Jato. A ministra recebeu em seu gabinete o procurador-geral da República Rodrigo Janot e conversou com juízes que assessoravam Teori na análise dos acordos de cooperação de 77 delatores da Odebrecht. Entre eles o juiz federal Márcio Schiefler.

Cármen Lúcia e seus interlocutores não concederam entrevistas. Sabe-se, porém, que a ministra está preocupada com a perspectiva de atraso na homologação das delações da Odebrecht. Para atenuar o problema, ela cogitou avocar a encrenca para si e, num procedimento excepcional, homologar os depoimentos dos delatores ainda durante o recesso do Judiciário, que termina em 31 de janeiro.

O problema é que a solução dividiu o Supremo. Parte dos ministros acha que não há razões para tanta urgência. A turma do contra alega que a providência pode inclusive dar margem a futuras contestações. Seja como for, Cármen Lúcia só poderia cogitar a medida se Rodrigo Janot remeter ao Supremo uma petição justificando a urgência e requerendo formalmente a homologação das delações.

A presidente do Supremo precisa deliberar também sobre uma decisão que Teori Zavascki havia tomado antes de morrer. Ele autorizara os juízes lotados em seu gabinete a interrogar os delatores da Odebrecht. Coisa formal, destinada apenas a verificar se as delações foram mesmo espontâneas. Esse trabalho, que deveria ter começado nesta segunda-feira, foi suspenso. Mas Cármen Lúcia planeja determinar a retomada dos depoimentos. Ainda que opte por não homologar as delações durante o recesso, ela facilitaria o trabalho do futuro relator.

Um comentário:

  1. Só resta uma opção a ministra. Decidir pela continuidade. Se não decidir assim sua gestão afunda junto com os outros ministros.

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