Enquanto Michel Temer derrete, os partidos procuram uma pessoa para colocar no seu lugar caso o Tribunal Superior Eleitoral se anime a cassá-lo. O substituto seria escolhido pelo Congresso, em eleição indireta, para tocar o governo até as eleições de 2018. O recomendável seria promover um entendimento para a escolha de um nome respeitável. Mas talvez isso seja esperar demais de um sistema político apodrecido.
Inaugurou-se no Cogresso uma disputa autofágica. O PSDB empina o nome de Tasso Jereissati. O pedaço do PMDB que já trata Temer como página virada torce o nariz. E contrapõe a opção Nelson Jobim, que faz cara de nojo. Apoiado apenas por si mesmo, o ministro Henrique Meirelles se insinua como alternativa.
Aproveitando-se da atmosfera de desentendimento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se posiciona como pretendente ao trono. Se Temer cair, cabe a Rodrigo assumir a Presidência para convocar a eleição indireta em 30 dias. Ele quer permanecer no cargo. E sua candidatura, veja você, cresce, ganha adeptos, vira realidade.
Nas planilhas da Odebrecht, Rodrigo é o Botafogo. Na articulação que trama substituir um presidente sujo por um cúmplice mal lavado, Rodrigo é a prova de que política brasileira, com seu comportamento de alto risco, tem uma tendência para o suicídio.
Tendência para a mesmice. Tiraram a Dilma e colocaram o Temer que padecia da mesma doença. O Botafogo pode dar sequencia as mesmas causa e consequências. O Brasil e sua republiqueta gostam de fazer movimento e resistir no crime.
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