Eis o que os republicanos de 1889 nos tiraram! O mais digno, culto, honesto e patriótico governante!E
tudo para colocar no lugar um punhado de aventureiros, que se sucederam
ao longo do tempo, mandato após mandato, até hoje sem demonstrar que
mereceram estar no mais alto cargo do país...
Leiam
o texto que acompanha essa imagem e se transportem para a época,
tentando sentir toda a dor daquele momento de um homem que, ao tempo em
que enfrentava as agruras do Exílio, acabara de perder a esposa de quase
50 anos de vida em comum.Pela porta entreaberta, presenciei cena
tocantíssima: Ocultando o rosto com as mãos magras e pálidas, o
Imperador chorava como um menino; por entre os dedos escorriam lhe as
lágrimas, que caíam sobre as estrofes de Dante."
Ao chegar a Portugal, como exilado, Dom Pedro II ouviu de um jornalista:
— Vossa Majestade aqui não é um proscrito. Todos vos estimamos, respeitamos e reverenciamos.
O povo nas ruas de Lisboa, clamavam “Viva o magnânimo!”
O
Conde Afonso Celso narra a visita de condolências que ele e seu pai, o
Visconde de Ouro Preto, fizeram a D. Pedro II por ocasião da morte da
Imperatriz:
“Era
modestíssimo o seu quarto”. A um canto, cama desfeita. Em frente, um
lavatório comum. No centro, larga mesa coberta de livros e papéis. Um
sofá e algumas cadeiras completavam a mobília. Tudo frio, desolado e nu.
D.
Pedro II do Brasil não aceitou a ajuda financeira de seu sobrinho-neto
D. Carlos I, rei de Portugal. D. Carlos I lhe ofereceu voluptuosa
quantia e um palácio para residir sem custos.
Mas Pedro II sabia que ali não era o seu lugar, não seria ético em sua visão.
Os
joelhos envoltos num cobertor ordinário, trajando velho sobretudo, D.
Pedro II lia, sentado à mesa, um grande livro, apoiando a cabeça na mão.
Ao nos avistar, acenou para que nos aproximássemos. Meu pai curvou-se
para beijar-lhe a mão. O Imperador lançou lhe os braços aos ombros e
estreitou-o demoradamente contra o peito. Depois, ordenou que nos
sentássemos perto dele.
Notei lhe a funda lividez.
Notei lhe a funda lividez.
Houve alguns minutos de doloroso silêncio. Sua Majestade o quebrou, apontando para o livro aberto e dizendo com voz cava:
— Eis o que me consola.
— Vossa Majestade é um espírito superior. Achará em si mesmo a força necessária.
D.
Pedro não respondeu. Depois de novo silêncio, mostrou-nos o título da
obra que estava lendo, uma edição recente da “Divina Comédia”. Então,
com estranha vivacidade, pôs-se a falar de literatura, a propósito do
livro de Dante Alighieri. Mudando de assunto, discorreu sobre várias
matérias, enumerando as curiosidades do Porto, indicando-nos o que, de
preferência, deveríamos visitar. Não aludiu uma única vez à Imperatriz.
Só ao cabo de meia hora, quando nos retirávamos, observou baixinho:
— A câmara mortuária é aqui ao lado. Amanhã, às 8 horas, há missa de corpo presente.
“Saímos. No corredor, verifiquei que o meu chapéu havia caído à entrada do aposento imperial.”
Voltei para apanhá-lo.
Voltei para apanhá-lo.
“Pela
porta entreaberta, presenciei cena tocantíssima: Ocultando o rosto com
as mãos magras e pálidas, o Imperador chorava como um menino; por entre
os dedos escorriam lhe as lágrimas, que caíam sobre as estrofes de
Dante."
Para se ter conhecimento da diferença entre Monarquia e republica carece apenas que leiamos sobre a decência e honradez de Dom Pedro e conheçamos a podridão e imundice do Lula.
ResponderExcluirÉ verdade.
ResponderExcluirÉ impressionante como o Brasil cada dia desce a ladeira do escárnio político.
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