Quando via no cinema as prisões insalubres de países asiáticos cheias de encarcerados mal encarados, imaginava se tratar apenas de ficções produzidas pela sétima arte.
Pensava: não é possível que isso seja uma coisa real. Exageradamente desumano, concluía no pensamento.
Os prisioneiros tinham mesmo caras de bandidos perigosos.
Inocente, achava não ter isso no Brasil.
País tropical, abençoado por Deus e mais humano por natureza.
O tempo passou, voou e não ficou numa boa.
Quando o incrível Moro meteu um bocado dos nossos salafrários na cadeia, o inocente aqui se deparou com uma coisa inimaginável.
Se as prisões brasileiras não se mostraram insalubres, os cleptocratas de colarinho branco do país não decepcionaram no figurino de encarcerados.
Ficaram, cinematograficamente, impecáveis.
Com cabeleiras desbastadas e “fardas” de prisioneiro, os novos inquilinos dos presídios não têm feito feio.
Ganharam caras e jeitos de bandidos.
Talento é para essas coisas.
É a arte que imita a vida?
Ou a vida se arvora de imitar a arte?
E isto Wilton. Bastou entregarem o Brasil a um bandido que ele se associou a outros. Os iguais se atraem e foi o que aconteceu. Roubou e autorizou roubar. E tem sorte , a cara de bandido ainda não aparece entre os demais e tem gente que o considera santo.
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