É verdade.
José das Meninas, assim chamado porque todos os filhos eram mulheres, casado com Dona Minervina, católico fervoroso, devoto de São Raimundo.
José das Meninas, assim chamado porque todos os filhos eram mulheres, casado com Dona Minervina, católico fervoroso, devoto de São Raimundo.
Vivia do trabalho pesado na roça, e da criação de pequenos animais. Morava no sitio Garrote, distrito sede da Várzea-Alegre.
Das Dores, a filha mais velha resolveu ir embora para os lados da Amazônia, onde ficou um bom tempo sem dar noticias.
Fundou um bordel e melhorou de vida. Sabendo das dificuldades das irmãs, em Várzea-Alegre, mandou buscá-las para adjutorarem nas labutas do empreendimento.
O negocio prosperou e deu bons lucros. Mas, o pai não gostava das informações recebidas dando conta do oficio das filhas.
Um dia, Das Dores resolveu vi a Várzea-Alegre. Quando tomou chegada o velho não deu a menor atenção. Com a mãe não foi diferente. Então, ela resolveu desabafar: Não vejo vocês há 20 anos, vi visitá-los e sou recebida com esse desprezo e essa indiferença?
Eu trouxe até um dinheirinho para vocês, mas, já que é assim vou voltar. Minhas irmãs se cotizaram e mandaram 20 mil, mas, diante de tamanha desconsideração vou voltar e nunca mais piso aqui.
O velho coçou a cabeça e disse: Minha filha, que mal pregunte: Qual é mesmo a profissão de vocês por lá? Ela, braba como um siri na lata respondeu a todo pulmão: "Prostitutas".
Então, o velho se derreteu em mimos : Minha filha, "me adiscuipe", nós pensávamos que era "protestante". Se acomode, vá tomar um bom banho, durma um bocadin para descansar da viagem. "Tá vendo Minervina, as bichinhas nem tinham cuipa". Era tudo mentira desse povo invejoso da Rajalegue.
É vero. A confusão não foi bem prostituta com protestante, foi com professora substituta.
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