Não foi só o gerente que endoidou nesse país.
Tá todo mundo louco.
O cinismo vem a reboque e produz uma mistura letal.
Os luminares da crônica esportiva descobriram, depois de um clássico, que a qualidade do futebol brasileiro foi pro ralo.
Ora, eu quero é novidade.
Um narrador, voz dos interesses do patrão, dá uma de oráculo pedindo para passar o esporte a limpo.
A partir de quando as estruturas esportivas no Brasil foram salubres?
Inocente. Está notando agora?
Negócio bom é seduzir os idiotas.
Cusparada no prato, depois do bucho cheio.
O povo, ou melhor, a população bebe para disfarçar a humilhação terrestre.
Os políticos vendem a alma em módicas prestações.
O reacionarismo de volta e a pleno vapor.
A multidão atordoada a golpes de loucura e cinismo não sabe contra quem protestar.
Perde-se entre as vaias e aplausos.
Sabe-se que o brasileiro sempre aplaudiu o que não entende.
Também, um país que admite ter sido descoberto por acidente não pode ser levado a sério.
Pelo menos por enquanto.
Esse é apenas um pequeno flash da vida louca e cínica que levamos.
Por trás de toda essa anarquia, toda essa desonestidade, está a garantia do amparo da justiça na cobertura e defesa por parte da lei. Roubo combinado mesmo que alguém descobra, serei salvo pela autoridade legal.
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