Um dia depois do sepultamento da segunda denúncia criminal contra Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), revelou detalhes dos bastidores da crise que drenou as energias do governo.
Em entrevista, o deputado disse ter recebido vários “convites” para derrubar Temer. “Voce tem que assumir, você tem que assumir”, diziam. Embora reconhecesse a fragilidade do governo, Maia afirma ter resistido: “Você tem que assumir o quê? Assumir que eu sou candidato a derrubar o Michel Temer? Não tenho condições de fazer um negócio desses.” Se o presidente da Câmara fosse Eduardo Cunha, Temer teria caído?, quis saber o repórter. E Maia: “Pode ser que sim.”
“Poucos teriam tido a posição institucional que eu tive, de entender que ninguém pode ser candidato a presidente através de uma denúncia”, declarou Maia. ''Tive a tranquilidade de entender que, apesar de todos os convites que foram feitos de forma legítima, muitos achando que o governo Michel Temer não tinha mais condições de continuar eu continuei dizendo a todos: acho até que o presidente Michel tem muitas dificuldades, mas isso tem que acontecer de forma natural. Como eu sentia que não era essa a vontade natural da Câmara, entendi que não cabia a mim fazer nenhum movimento, porque acho que eu geraria uma instabilidade.”
Temos que reconhecer a conduta do Maia na presidência da câmara, mas se o Moreira Franco, que estava enrolado na denuncia junto com o Temer não fosse o sogro dele, teria sido essa sua conduta? Duvido.
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