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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 3 de outubro de 2017

No próximo dia 15 de outubro o Brasil ganhará 27 novos santos católicos

Os mártires de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte

Quando da sua última visita ao Brasil, o Papa João Paulo II (também ele  canonizado como um dos santos da Igreja Católica) declarou: “O Brasil precisa de santos... de muitos santos”.

Coincidência, ou não, a partir daquela declaração de São João Paulo II, começou a surgir dezenas de pedidos de beatificação de brasileiros para ocupar lugar de honra nos altares da Igreja Católica.O Brasil vai ampliar seu panteão de santos de 3 para 36, por terem sido martirizados por ódio à Fé Católica.

A Igreja Católica Apostólica Romana tem cerca de dez mil santos, e desses, atualmente, somente três são brasileiros: Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (nascida na Itália, mas residente desde criança no estado de Santa Catarina), Santo Antônio de Santana Galvão (o único nascido no Brasil, é paulista de Guaratinguetá) e São José de Anchieta ("O Apóstolo do Brasil", viveu a maior parte de sua vida no Brasil -colônia, mas nasceu nas ilhas Canárias, na Espanha).

No próximo dia 15, mais 27 brasileiros serão canonizados, ou seja, tornar-se-ão santos da Igreja Católica. São eles  27 mártires, vítimas de dois massacres por intolerância religiosa durante a ocupação holandesa do Nordeste,estes nascidos no Brasil. Na realidade além dos brasileiros, mais três mártires de Cunhaú e Uruaçu serão canonizados: um era francês, outro espanhol e um terceiro, português. Ao todo tornar-se-ão santos os 30 mártires do Rio Grande do Norte.

Eles foram mortos nas cidades de Cunhaú e Uruaçu, respectivamente em julho e outubro de 1645. Já eram beatos, o estágio anterior à santidade, e serão elevados em 15 de outubro não por relatos de milagres específicos, mas pelo motivo de sua morte, isto é foram martirizados, o que dispensa a prova de milagres para a canonização.

São dois padres, Ambrósio Francisco Ferro e André do Soveral (ver estampa acima), e 28 fiéis que os acompanhavam quando tropas holandesas apoiadas por índios e comandadas por um mercenário alemão os trucidaram por celebrar missas --a Holanda era calvinista e reprimia o catolicismo. O caso mais famoso é o de Mateus Moreira, que louvou o Santíssimo Sacramento enquanto seu coração era arrancado pelas costas na capela de Uruaçu.

Além do heroísmo, a santidade em vida e milagres atribuídos são outros requisitos do Vaticano para promover uma pessoa a beato e, depois, a santo. O baixo número de santos brasileiros sempre foi motivo de debate, já que o país por anos ostentou a maior população católica nominal do mundo, e ainda hoje figura como o líder desse ranking no anuário do Vaticano.

(Postado por Armando Lopes Rafael, a partir de matéria divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo")

2 comentários:

  1. O Brasil está a precisar de Santos. Eu sou do tempo que não haviam crimes, não existia batalhão de policia nem delegacia. Existia Igreja e um padre orientando o rebanho na doutrina de Deus. Todos temiam e respeitavam a lei divina. Não cometiam nada que fosse pecado. Hoje não ha respeito pela autoridade, pela justiça e se perdeu o temor de Deus.

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  2. Creio que foi Santo Agostinho que escreveu: SE AS PESSOAS RESPEITASSEM OS 10 MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS, NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE MAIS NENHUMA LEI HUMANA.

    É verdade: todos respeitariam seu próximo, não roubariam, não prevacariam, honravam pai e mãe, não desejavam a mulher do próximo, não cobiçavam as coisas alheias, não levariam falto testemunho e por aí vai.
    Basta a lei de Deus para bem conduzir a humanidade...

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