O PSDB está vamos que vamos para impedir que o seu deputado Bonifácio Andrada (MG) seja o relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara do segundo pedido de licença para processar o presidente Michel Temer por corrupção.
Rachado ao meio, com uma banda que quer distância de Temer para não se arriscar a perder votos nas eleições do próximo ano, o PSDB está como biruta de aeroporto. Gira de acordo com a direção dos ventos. E sofre sério desgaste com a situação vivida pelo senador afastado Aécio Neves (MG).
Pesquisas encomendadas pelo partido mostram a deterioração de sua imagem por conta do envolvimento em casos de corrupção de alguns dos seus mais destacados nomes. A companhia de Temer só lhe faz mal. São devastadores para o partido os efeitos das trampolinagens de Aécio.
O PSDB não sabe o que fazer com seu ex-candidato a presidente da República nas eleições de 2014. Por corporativismo, e também burrice, não o abandona. Fez tudo até aqui para que o mandato de Aécio e sua livre circulação fossem restaurados – sem sucesso.
Tudo fará para que mais adiante, Aécio escape de uma eventual cassação a ser decidida por seus pares. Mais dia, menos dia, o Conselho de Ética do Senado terá que examinar a cassação do mandato do senador mineiro. Será mais uma hecatombe para o PSDB.
Bonifácio Andrada resiste a largar a relatoria da segunda denúncia contra Temer feita pela Procuradoria Geral da República. Se o PSDB lhe tomar a vaga na Comissão de Constituição e Justiça, o PMDB de Temer lhe oferecerá uma das suas.
O governo tem em Bonifácio um aliado fiel. De resto, é importante para o governo manter o PSDB – ou parte dele – ao seu lado.
O inferno do PSDB é não ter moral igual a qualquer outro partido. Colocou o Temer lá, tem três ministros no governo e quer dar uma de bonito tirando o da vereda.
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