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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Do (interminável) "seriado": Coisas da "Ré Pública"

Por que a mortalidade infantil voltou a subir no país
 Crescimento inédito na taxa de crianças que morrem antes de completar 1 ano acende sinal vermelho na trajetória brasileira rumo ao mundo desenvolvido

Fonte VEJA, de 24 de julho de 2018 -- Por Monica Weinberg, Luisa Bustamante e Jana Sampaio 

    De todas as estatísticas que dão feição a um país e apontam seu lugar no futuro, a mais reveladora é a taxa de mortalidade infantil, expressão técnica e fria para descrever a tragédia das crianças que morrem antes de completar 1 ano. Quanto mais o ponteiro desse marcador recua, mais significa que um país avançou. Quando ele sobe, porém, expõe o exato oposto: a realidade de uma nação que falhou no dever mais básico, o de garantir o direito à vida, e que está andando para trás. O Brasil, lamentavelmente, passou a se encaixar no segundo caso. A taxa de mortalidade infantil, que só caía desde que começou a ser medida ano a ano, em 1990, mudou de direção no cálculo mais recente, de 2016: subiu 5% — de 13,3 para 14 em cada 1 000 nascidos vivos.

     Parece pouco. Mas esse soluço do índice, combinado com a estagnação prevalente nos últimos anos, acende um alarmante sinal vermelho na acidentada trajetória brasileira rumo ao mundo desenvolvido. VEJA visitou Aquiraz, no Ceará, o município com a mais alta taxa de mortalidade infantil do país — 24,9 para cada 1 000 nascidos —, segundo levantamento do Instituto IDados, para entender o retrocesso. Encontrou lá uma fotografia em tom sombrio de um Brasil em marcha a ré.

Um comentário:

  1. Há poucos dias, o Brasil era visto na visão da esquerda como um campo de guerra. Notícia corria que de 1964 a 1985 desapareceram 80 pessoas no Brasil. Alguém precisa avisar para esses imbecis que 80 pessoas são assassinadas num fim de semana no Ceará que é governado por um deles.

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