O mundo é feito de ricos e pobres, grandes e pequenos.
Contrariando essa máxima, no futebol brasileiro só há espaço para quem tem tamanho.
“Futebol não é para pobres” afirmou Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro e prefeito de Belo Horizonte.
Como outros lugares sociais conquistados pelos menos favorecidos, o futebol nosso de cada dia marcha para exclusão de quem não atende às medidas mercantilistas dos seus insaciáveis gestores.
Os campeonatos estaduais vão desaparecer do mapa futebolístico. Não há como compará-los em importância às outras competições.
Mas, a única saída é exterminá-los? Não adianta escamotear, o plano é esse mesmo.
O grupo de trabalho escalado pela CBF para tratar dos destinos dos certames regionais deixou escapar uma fórmula única de disputa que, a princípio, mais parece um esquartejamento.
O que vão fazer mais de 60% de profissionais da bola que não têm condições de trabalhar numa grande equipe?
Os estádios no interior do Brasil, construídos com tanto orgulho, servirão como estacionamentos de empresas de ônibus ou ficarão expostos à deterioração?
Daqui a pouco, outras competições perderão o seu significado em favor das Sulamericanas, Libertadores e outras bolações. Com o fito único de tornar o futebol uma atividade de fins apenas lucrativos. Não duvidem.
Quando o Palmeiras foi alijado das finais da Libertadores, muitos da crônica esportiva sudestina apontaram a conquista do campeonato brasileiro como um consolo para o alviverde paulista.
O maior campeonato do país como um mero consolo?
Tirem as conclusões.
desse jeito.
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