Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 18 de abril de 2022

Imperador Dom Pedro II -- Considerado um líder arquétipo do Brasil ( por Plinio Corrêa de Oliveira)

Fonte: revista Catolicismo--agosto de 2019 

    No tempo de Dom Pedro II, éramos indiscutivelmente um povo em que a organização da família ainda estava viva e pujante, muito de acordo com o modo de ser afetivo do brasileiro. O velho Imperador — respeitável, venerável e bondoso, com cabelos e barbas brancos — foi durante décadas, por assim dizer, “o vovô do Brasil”; e o Brasil se deliciava em ser neto de Dom Pedro II.

    O modo como ele governava e dirigia a política brasileira era inteligente e cheio de jeitinhos, como o brasileiro gosta. O que fosse imposto à força, de acordo com o modelo de Frederico II da Prússia, não era apreciado pelos brasileiros e poderia “azedar” as relações muito desagradavelmente, ou até fatalmente.

     Naqueles tempos, a Constituição brasileira era liberal e reduzia muito os poderes do monarca. Mas ele era muito sagaz e servia-se do prestígio de Imperador para negociar nos bastidores o curso da política, de tal maneira que se tornou o principal político do País. Acomodava os problemas e abafava as revoltas, fazendo reinar a paz com muita prosperidade. Assim o Brasil se tornou uma das maiores nações, com uma esquadra mercante que era a segunda maior do mundo.

    Apesar de o Imperador seguir inteiramente a Constituição, os políticos liberais reclamavam muito dele, dizendo que exercia um “poder pessoal” extra constitucional, porquanto acumulava os dois poderes. A resposta dele era que nada na Constituição o impedia de exercer influência política. Os liberais vociferavam, mas nada podiam contra a força moral do Imperador. Assim ele conduziu a política até o fim de sua vida, quando foi destronado. Deixou nos brasileiros saudades daquela época, pois o Imperador os representava arquetipicamente.

(Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 17 de fevereiro de 1989. Esta transcrição não passou pela revisão do autor).

2 comentários:

  1. Prezado amiga Armando Rafael - Os iguais se atraem. Quando bons e quando ruins. No império o Rei atrai pessoas de sua índole, de sua honra e caráter. Se assessora de homens inteligentes e competentes da marca dos "Andradas". E, não pode dá errado quando a sabedoria e honestidade assumem o leme. Salve a Monarquia Brasileira.

    ResponderExcluir
  2. Deodoro da Fonseca onde estiver está vendo a resultante de sua atitude mesquinha, nojenta e sebosa.

    ResponderExcluir