Não poderia passar em branco neste 23 de outubro, que marcou os 79 anos de Edson Arantes do Nascimento, Pelé.
Revendo filme de cem gols marcados por Pelé, me sinto cada vez mais incapaz de desenvolver uma teoria para explicar esse vulcão de duas pernas.
O neurocientista Miguel Nicolelis chegou a conclusão de que o pé de Pelé era uma bola, ou seja, uma extensão do seu corpo.
A bola não larga do pé de Pelé porque, simplesmente, ela faz parte dele.
Nicolelis, para quem não sabe, é um brasileiro, codiretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos EUA, que desenvolveu um trabalho para permitir que um tetraplégico desse o pontapé inicial da Copa de 2014.
Uma outra coisa que me chamou a atenção foi saber que existe um acidente geográfico exuberante da lua de Júpiter chamado IO, identificado como Pelé, em função de sua popularidade depois da Copa de 70.
Nos campos de IO, o rei do futebol pode ser claramente identificado como uma erupção vulcânica contínua, de alta velocidade, que espalha lava e fumaça, sem cessar, por mais de 300 quilômetros.
Diz o cientista que esse era o efeito do Pelé terrestre: uma erupção contínua de movimentos, de dribles, de arrancadas, gingas e, sobretudo, de chutes mortais, com uma ou ambas as pernas; no chão, no ar, de pé ou de cabeça para baixo, bem no meio de uma de suas bicicletas que desafiavam a gravidade.
É preciso dizer mais?
Sim: jamais existirá jogador como Pelé.
De pleno acordo. Eu também entendo assim. Pelé foi e será único.
ResponderExcluirWilton Bezerra, com sua experiência futebolística e boa escrita, fez várias metáforas acertadas no seu bom texto, mas a que mais me impressionou foi: "a bola não larga o pé de Pelé porque, simplesmente, ela faz parte dele".
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