“A Volta” foi um grande sucesso musical da dupla OS VIPS, no auge da Jovem Guarda no Brasil.
A volta que estamos acompanhando, hoje, se refere ao retorno de Rogério Ceni ao Fortaleza.
Já afirmei em crônica passada, que procurar subir na vida é um direito de qualquer profissional. Daí, ter entendido o fato do ex-goleiro do São Paulo ter aceitado convite para dirigir um grande time como o Cruzeiro.
Acontece que Ceni ainda é um imberbe no papel de conduzir pessoas e, certamente, não reúne ainda condições de mensurar melhor as coisas. Por isso mesmo, não realizando um reconhecimento mais amplo do terreno que ia pisar. Só a maior experiência conserta isso.
Tem um pensamento, me parece de Schopenhauer, que diz o seguinte: “O erro talvez não esteja em como as coisas são, e sim como a gente imagina que elas deveriam ser”.
Ceni, que era “dono” no Fortaleza, imaginou que teria o mesmo posto no serpentário de um Cruzeiro cheio de “donos”.
Traído por uma imaginária carta branca de incompetentes e covardes dirigentes, o treinador acabou se vendo, de um momento para outro, sozinho e abandonado na jaula das feras que pensava comandar.
E por mais que se oferecesse para ficar, abrindo mão até do ordenado, acabou sendo demitido por vontade do elenco.
Jamais imaginou que aquilo que usou contra treinadores, no seu tempo de ídolo do São Paulo, se voltaria contra ele mesmo como veneno, em dose letal.
Isto é: as coisas não foram, para ele, como imaginou que deveriam ser. Vivendo e aprendendo.
Como disse o saudoso causídico e escritor Raimundo de Oliveira Borges: “Tanto faz uma pedra no caminho, como no jardim uma flor. Tanto faz uma gargalhada que alegra, como um lamento que consterna”.
É a vida!
Não se sabe, ao certo, o que esses treinadores tem na cabeça. Trocar a tranquilidade do Fortaleza por uma aventura no cruzeiros não há nada que justifique.
ResponderExcluirVai que a harmonia que existia no Fortaleza se desintegre! E aí, nem mel nem cabaça.