“O Supremo não tem podido dar à sociedade brasileira a segurança jurídica, que é seu dever primordial”, diz ex-integrante da Corte
Caro leitor,
Muitas vezes, o humor é a forma mais eficiente para revelar o absurdo de uma situação.
Veja a capa da nova edição da Crusoé:
Na charge, um dos membros do grupo de juízes propõe:
— VAMOS DECIDIR TUDO DA MANEIRA MAIS RACIONAL E COERENTE POSSÍVEL.
Ao que outro responde:
— DOOOIS OU UMMMM…
A charge ironiza, é claro, a forma pela qual a Corte tem mudado de posição em assuntos importantes de acordo com as conveniências — como ficou evidente na recente de decisão que pode anular sentenças da Lava Jato.
A decisão específica foi criticada até por um dos atuais membros do tribunal; e o comportamento geral da Corte foi reprovado por um ex-integrante.
O ministro Marco Aurélio disse que “a guinada não inspira confiança. Ao contrário, gera o descrédito, sendo a História impiedosa.”
Por fim, Marco Aurélio afirmou que, ao se pautar pelas circunstâncias, o STF adere ao “jeitinho brasileiro” para beneficiar “tubarões de República”.
Francisco Rezek, um ex-componente do STF, foi ainda mais longe: “O Supremo não tem podido dar à sociedade brasileira a segurança jurídica, que é seu dever primordial.”
Os próprios ministros da corte brigam entre si, nas entrevistas e no plenário da corte. A maioria tem por trás de si um interesse que não é o da justiça. Denuncia o ministro em plenario. Julga sim hoje e não amanha a mesma matéria, de acordo com o réu. E assim o prestigio e respeito da corte está na lama. São onze ministros e onze constituições diferentes, de acordo com a conveniência de cada um.
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