Bola rolando e os comentários são dedicados aos sistemas táticos.
Como se fosse tarefa fácil analisar várias esquematizações usadas dentro de um mesmo jogo.
Mudanças de planos e troca de posições são constantes na disputa.
O esquema tático é uma espécie de ordenamento, para que os jogadores não façam em campo apenas aquilo que eles desejam.
Ainda assim, as orientações preestabelecidas pelo treinador não impedem que o jogo possa se transformar em um caos “organizado”.
Os analistas, nem sempre, têm o cuidado de fazer uma leitura simples do que ocorre na partida.
"A simplicidade é o selo da verdade". Schopenhauer.
Embora as mudanças mandem dizer que uma equipe não deve ser compartimentada, como antes, não se pode ignorar o volante que marca, o meia que arma e o centroavante que finaliza.
É preciso conter os exageros de uma leitura "moderna".
Claro, existe no futebol atual uma coisa inadmissível no passado: os canhotos jogam pela direita e os destros pela esquerda.
Antes driblavam para fora para cruzar. Agora, driblam para dentro para passar ou finalizar.
Outra coisa que se pega ao pé da letra: atacante, além de fazer gols, tem que ser um bom marcador do adversário.
Isso sempre representará, no nosso entendimento, uma eterna impossibilidade.
No mais, o comentarista não pode querer "dar a bola, antes de recebê-la".
Se é que me entendem.
Outro dia eu vi um video com os jogadores do Santos comentando sobre o jogo contra a Milan em 1962 no Maracanã. O Milan jogava pelo empate, havia vencido na Italia por 4 x 2, e vencia o jogo no primeiro tempo por 2 x 0.
ResponderExcluirTodos os jogadores afirmaram que no intervalo o treinador Lula não deu uma só palavra. O Santos estava sem a sua principal estrela Pelé. O jogo terminou 4 x 2.
Não existe bom treinador sem bons jogadores.