Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

OS NÚMEROS E A SELEÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Antes do anúncio de Tite sobre os convocados para a Copa do Mundo, a comissão técnica da seleção brasileira ostentou números.

A ciência pode nomear os órgãos de um pássaro, mas jamais conseguirá explicar a beleza do seu canto. Poeticamente, foi isso que disse Manoel de Barros.

É por aí, que números não  explicarão jamais o futebol e seus mistérios.

Devo dizer que estatísticas nunca me ajudaram a entender esse jogo sedutor.

Dito isso, saiu a lista dos que vão ao Qatar, ambicionando o título. Sim, porque o homem sem ambição é uma impossibilidade.

Uma certa birra pela convocação de Daniel Alves e sua idade avançada. Ora, os tubarões ficam velhos e continuam mordendo.

Na relação, quase todos atletas jogam na Europa em competições de alto nível.

Quanto a isso, nenhuma surpresa. O futebol brasileiro vende seus artistas e não o espetáculo.

No mais, é esperar que o Tite e seu amor à prancheta não tornem a seleção um programa de computador na hora de enfrentar os europeus.

Sabemos, sim, que futebol hoje é intensidade e velocidade no ataque, na recomposição e nos sprints, sem muito tempo para respiração, colocação do maior número de jogadores no ataque.

O coletivo e o individual juntos, com a determinação para sequer emprestar, quanto mais dar a bola ao adversário.

Aliás, diante da velocidade do jogo hoje em dia, se Nelson Rodrigues estivesse vivo, não diria que "a velocidade é um prazer de cretinos".

2 comentários:

  1. Na minha humilde avaliação considero que o Tite como qualquer outro que assuma o comando técnico da seleção não escolhe o atleta.

    Acho que existe um esquema entre a confederação, os empresários proprietários dos jogadores e os clubes a que servem. Daí saem os convovados.

    Dificilmente um jogador que atua no Brasil é convocado.

    Tenho observado.

    ResponderExcluir
  2. O esquema mesquinho e venal do futebol é parecido com o que há na política. Um cheiro de corrupção no ar.

    ResponderExcluir